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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

A violência contra a mulher

Os dados são lembrados pelo gabinete da distrital Dayse Amarílio

Eduardo Brito

26/09/2024 19h26

Foto: CLDF

Segundo a 18ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada em julho de 2024, apenas no ano passado, 1.467 mulheres foram mortas no Brasil simplesmente por serem mulheres. Os dados são lembrados pelo gabinete da distrital Dayse Amarílio.

Desses crimes, 90% foram cometidos por homens, geralmente companheiros ou ex-companheiros das vítimas. Infelizmente, essa violência brutal continua a tirar vidas de mulheres dia após dia, com maior incidência entre mulheres negras (64%) e na faixa etária de 18 a 44 anos (71%).

Os dados também apontam que, em 2023, o DF teve a 5ª maior taxa de feminicídios do país, com um aumento de 73% em relação a 2022. Já em 2024, até agosto, foram registradas oito vítimas de feminicídio, além de 36 tentativas. Foi pensando em ajudar a transformar essa triste realidade que se criou o Projeto Marias da Penha.

Uma iniciativa que utiliza a fotografia como instrumento terapêutico para auxiliar mulheres que já romperam o ciclo de violência a se enxergarem e se perceberem em potência.

“Infelizmente, esse silenciamento é mais comum do que imaginamos, fruto de uma sociedade que ainda objetifica os corpos femininos, que trata as mulheres como seres de segunda ordem. Uma sociedade na qual a cultura do estupro ainda é tão presente e de certa forma permitida”.

Afinal, diz Dayse Amarílio, “a sociedade ainda nos culpabiliza pelas violências das quais somos vítimas, seja em razão de nossas vestimentas ou mesmo por ingerimos alguma bebida alcoólica. No fundo, parece que sempre somos culpadas.

’Ela deu motivos!’ ‘Ela provocou!’ São tantas as justificativas para algo injustificável que nos fechamos, silenciamos nossas dores e deixamos a ferida sempre aberta”, lamenta a distrital.

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