O Supremo Tribunal Federal derrubou a delação do ex-governador Sérgio Cabral, fechada com a Polícia Federal, na qual ele cita, sem rodeios, supostas negociatas do ministro Dias Toffoli, de Aécio Neves e outros políticos e togados.
A Coluna apurou que Cabral só tem agenda de visitas com os citados para comprovações, sem qualquer áudio ou vídeo ou outra prova que o respalde. Sua defesa insistia com a PF para abrir o inquérito, que, segundo conta, descobriria tudo se fosse a fundo.
Cabral tem mais de 300 anos de condenação e muitos anos ainda a cumprir em regime fechado. Sua situação agora vai piorar. Além de continuar trancado na cela, no Rio, ele será alvo de processos na área cível e criminal movidos pelo ministro Toffoli, a esposa do togado e um advogado suposto intermediador das vantagens indevidas por sentenças favoráveis a políticos, que o ex-governador citou.
A família de Cabral está revoltada. Contam que a PF poderia abrir o inquérito com ou sem delação para avançar sobre o que ele contou.