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Para aprovar Previdência ministros vão abrir agenda para lideranças empresariais

Leandro Mazzini

25/02/2019 17h22

Em busca dos votos para aprovar a reforma da Previdência na Câmara, ministros do Palácio do Planalto vão abrir a agenda para lideranças empresariais nas próximas semanas. O principal argumento dos auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (PSL) será de que a aprovação do texto enviado ao Congresso Nacional é imprescindível para melhorar o ambiente de negócios e, consequentemente, dar segurança aos investidores estrangeiros. O Governo aposta no poder de convencimento do empresariado sobre deputados e mira principalmente o apoio de líderes empresariais de confederações, federações estaduais da indústria e construção civil.

Ani$tia?

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, entrou no lobby das teles e propõe anistia de multas que chegam a R$ 20 bilhões aplicadas contra as operadoras. Ele conversou com os senadores – entre eles o presidente Davi Alcolumbre – e pediu agilidade na aprovação da nova Lei das Teles (PLC 79/2016).

O ministro defende que o projeto seja aprovado “o mais rapidamente possível, já que, caso contrário, a falta regulação do setor ficaria defasada em relação à dos demais países”.

Marcos Pontes está em Barcelona até dia 1º para palestrar no World Mobile Congress. A convite da Telebrasil. Pontes está cada vez mais conectado com o setor das teles. Pleiteia no Senado o perdão de multas às operadoras de telefonia que somam mais de R$ 20 bilhões na Anatel.

Políticos não reeleitos ganham cargos estratégicos no Governo

Casos se repetem na Esplanada: um deputado e um senador não reeleitos ganharam cargos de confiança – e bons salários – pelas mãos de partidos aliados no Governo de Jair Bolsonaro.

Derrotado nas urnas em 2018, o ex-deputado Benjamin Maranhão Neto (MDB-PB) foi nomeado para exercer, no Ministério da Cidadania, o cargo de (respire!) Diretor do Departamento de Fomento à Inclusão Social e Produtiva Rural da Secretaria Nacional de Inclusão Social e Produtiva Rural da Secretaria Especial do Desenvolvimento Social.

Outro que não conseguiu ser reeleito em 2018 foi acomodado no Governo. Ex-líder do PSDB, o ex-senador Paulo Bauer (SC) foi nomeado na segunda-feira para o cargo de (respire) Secretário Especial para o Senado Federal da Casa Civil da Presidência da República.

Bauer é alvo de inquérito da Lava Jato que apura suspeitas de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. O ex-senador estreou no cargo sofrendo a primeira derrota no Senado. A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle aprovou, por 6 x 5, requerimento convidando o ex-ministro da Secretaria-Geral Gustavo Bebianno, para dar explicações sobre as supostas candidaturas laranjas em 2018.

Chega-pra-lá

Levy Fidelix, presidente do PRTB, perdeu o acesso livre ao Palácio do Planalto. Agora, tem que se anunciar e entrar só com hora marcada e gabinete confirmado. Fidelix entrava com ‘carteirada’, anunciando-se presidente do partido do vice General Mourão. É fato. Mas partido é uma, e Governo é outra coisa.

Ela voltou

Ex-ministra palaciana do Governo Dilma Rousseff, a ex-senadora petista Ideli Salvatti agora entra lá como representante de uma empresa israelense junto à Abin.

PPS na oposição

No Congresso Nacional do PPS, dia 23 de março, em Brasília, o presidente nacional do partido, Roberto Freire, vai propor oposição ao Governo – como a Coluna antecipou e fará críticas à administração Bolsonaro. “Faremos oposição a esse Governo. Bolsonaro é despreparado para governar. E o clã que o representa só faz piorar a situação de tensão. Um exemplo disso foi o episódio com o ex-ministro Bebiano”, diz Freire.

Renda básica 

O ex-senador Eduardo Suplicy vai lançar em julho ‘Diário de Viagem’, sobre as visitas que fez, em janeiro, às comunidades que vivem da renda básica no Quênia.

Economia total

Romeu Zema, governador de Minas Gerais, chegou com tanta vontade de cortar custos que sobrou até para as comendas – e, fato, são muitas – entregues tradicionalmente pelo Governo. Das 11 existentes, ele quer manter apenas a mais famosa, a Medalha da Inconfidência, entregue em Ouro Preto a personalidades de vários Estados e exterior. Ano passado, o Governo de Minas gastou quase R$ 4 milhões apenas com cerimônias para entrega das Comendas.

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