Neta e também herdeira política do saudoso Miguel Arraes, a vereadora do Recife Marília Arraes foi rifada não só pelo PT, mas também pela própria família. Ela aparecia bem nas pesquisas e tinha chance de eleição. As articulações para barrar sua candidatura ao Governo do Estado passaram por Lula da Silva – em recados direto da cadeia – pela cúpula do PT de Pernambuco – em especial o senador Humberto Costa (foto), – pelo governador Paulo Câmara (PSB) e com a palavra final do filho e viúva de Eduardo Campos, Renata. A ascensão de Marília começou a fazer sombra forte sobre o primogênito de Campos, João Campos, que disputará vaga de deputado federal.
Questão de sobrevivência
O PSB de Pernambuco, que controla o Governo, corria sério risco de perder o Poder no Estado, berço dos Campos. Politicamente, Marília não é bem vinda no clã.
Bicadas
Como pré-candidata, Marília – que trocou o PSB pelo PT – também peitou o primo Antonio Campos, irmão de Eduardo, que tem projeto de se eleger prefeito de Olinda.
Os vices
Lula está chateado. Seu plano B é Jaques Wagner, mas com a Lava Jato à sua cola, o ex-governador quer sossego. Se Lula não convencer Wagner até dia 14, vai de Haddad.
Tributária & Solidária
Uma reforma tributária feita por especialistas no assunto, e justa. Esse é o foco da força-tarefa que une entidades classistas. A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), a Fenafisco (Estaduais e Distrital) e um grupo de mais de 40 especialistas preparam proposta de Reforma Tributária Solidária. “Temos promovido debates na esfera política, pública, empresarial e com a sociedade conscientizando sobre a necessidade de quebrar a desigualdade em nosso País para permitir o crescimento econômico e social”, explica o presidente da Anfip, Floriano Sá Neto. A proposta será apresentada na segunda-feira a diferentes segmentos e aos partidos.
Fôlego nas contas
“A aprovação de proposta como a Reforma Tributária Solidária pode significar o último suspiro do Estado brasileiro e do pacto federativo posto na Constituição”, diz Floriano.
Perigo pra Bolsonaro
Apesar de bem nas pesquisas, com dois dígitos, há uma fantasma jurídico assombrando o presidenciável muito Jair Bolsonaro (PSL). Segue nas mãos do ministro relator Luiz Fux as ações penais 1007 e 1008, de autoria da PGR e da deputada Maria do Rosário (PT-RS), no caso em que ele cita que “ela não merece ser estuprada”.
Na mira
Caso seja julgado e eventualmente condenado pelo plenário ou Turma em meio à campanha, Bolsonaro pode ter o registro de candidatura cassado ou, caso se eleja sub judice, o diploma cassado. Bolsonaro torce para que o STF segure o caso para depois de novembro.
Ela x ele
Um detalhe: Dez anos antes, num bate-boca gravado no Salão Verde, a deputada Rosário insinuou, na visão de Bolsonaro, que ele era um estuprador. Diz ele que apenas rebateu à altura no calor da discussão.
E essa, Ciro?!
O senador Ciro Nogueira, presidente do PP, anda faceiro por ter emplacado Ana Amélia vice de Geraldo Alckmin (PSDB) na chapa presidencial, mas no Piauí, seu Estado onde disputa a reeleição, faz campanha para Lula. Ciro aparece em vídeo de apoio ao governador petista Wellington Dias, que por sua vez pede votos para o ex-presidente.
Escrivaninha
Caso não se eleja senadora por Minas, Dilma Rousseff tem projeto de uma autobiografia. Uma das histórias não reveladas envolve o carrasco Michel Temer, hoje adversário e inimigo. Ela viajara para o exterior e soube que em poucas horas Temer já ocupava o gabinete no Planalto. Dilma telefonou para ele e soltou: “Seu lugar é lá no anexo do Palácio”. Só uma palinha do que levou Temer a romper.
Sobre vices
Detalhe: o vice José Alencar nunca ocupou o gabinete de Lula da Silva no Palácio do Planalto quando o presidente viajou. Aliás, mineira também, Dilma adorava Alencar. Há bastidores para volumes.
Confere!
O secretário autorizou e num carimbo-canetada no ofício ainda mandou o pessoal do depósito da prefeitura conferir a disponibilidade do estoque.