Adaptar uma grande obra literária para o cinema não é uma tarefa fácil, principalmente quando já foi explorada em diversas oportunidades, com a promessa de se tornar a versão mais fiel do clássico de Alexandre Dumas, chega aos cinemas nesta quinta-feira (20), “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan”, o longa entrega uma versão fiel, com grandes sequências de luta coreografada, com personagens que exalam carisma e romances típicos da época.
D’Artagnan, um jovem espirituoso que é dado como morto depois de tentar salvar uma jovem de um sequestro, viaja até Paris para tentar encontrar seus agressores. Mal sabe ele que sua busca o levará ao centro de uma guerra real onde o futuro da França está em jogo. Aliado a Athos, Porthos e Aramis, três mosqueteiros do Rei, o jovem confronta as maquinações sombrias do Cardeal de Richelieu. Mas é quando ele se apaixona perdidamente por Constance Bonacieux, a confidente da rainha, que D’Artagnan está realmente em perigo. Porque é essa paixão que o leva atrás daquela que se torna sua inimiga mortal: Milady de Winter.

São muitas coisas que chamam atenção desta nova produção, logo de cara as sequências de ação que são realizadas de forma primorosa e competente, os dublês estão bem coreografados, as cenas de esgrimas ficaram com planos em série que mantém todo o equilíbrio competente dos envolvidos, o diretor de fotografia Nicolas Bolduc, expõe cores vibrantes e controlados.
Por se tratar de uma adaptação dividida em duas partes, pois sua sequência “Os Três Mosqueteiros: Milady” já foi confirmada para dezembro deste ano, a produção em si tem um desenrolar lento é com muitas informações, isso não é um grande problema, mas deixa muitas brechas para serem respondidas no próximo filme.

Martin Bourboulon responsável pela direção, foca em apresentar para o público mais jovem, o que seria esse grande clássico, ele tem certo cuidado entre as cenas e coloca o romance como palco principal para o rumo da trama. O cineasta usa o roteiro da dupla Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte, unicamente para apresentar o texto, não inova na história, só busca criar uma releitura eficiente da obra original.
Conclusão
“Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan” é uma adaptação convincente do clássico de Alexandre Dumas, mesmo com uma trama arrastada e justificada por sua continuação, ainda assim entrega ótimas sequências de luta com atuações maduras e equilibradas, sem nenhuma inovação, o longa se propõe em apresentar uma obra já conhecida.
Confira o trailer:
Ficha técnica:
Direção: Martin Bourboulon;
Roteiro: Matthieu Delaporte, Alexandre de La Patellière;
Elenco: Pio Marmai, Vincent Cassel, Louis Garrel, Vicky Krieps, Eva Green, Romain Duris;
Gênero: Ação e Aventura;
Distribuição: Paris Filmes;
Duração: 121 minutos;
Classificação Indicativa: 14 anos;
Assistiu à cabine de imprensa a convite da Espaço/Z