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Bio sem Neura

CÁRIE E DOENÇA PERIODONTAL EM PACIENTES COM AUTISMO

Philip Ferreira

02/08/2020 12h50

Figura 1 e 2: Instrução de Higiene Oral e Aplicação de Flúor, respectivamente. (As imagens foram autorizadas pelos responsáveis dos pacientes).

Autora:Gabriela Pinho da Silva, aluna do 6° semestre de Odontologia e bolsista do Projeto de Iniciação Científica da Universidade Paulista (UNIP) – Campus Brasília.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou autismo, consiste em um distúrbio do desenvolvimento, o qual é diagnosticado nos primeiros três anos de vida. É caracterizado por dificuldades na interação social, na utilização da linguagem e também por comportamento restritivo e repetitivo. Sendo assim, é fundamental que os profissionais da saúde estejam familiarizados com esta síndrome, pois o paciente autista, pelas suas limitações, poderá tornar-se um paciente particularmente difícil, sobretudo na área da odontologia. Os tratamentos dentários costumam gerar ansiedade nos pacientes, estando associada a traumas e fobias. Poderão ser um desafio ainda maior quando se trata de um paciente com TEA. Dessa forma, o Projeto de Iniciação Científica teve por objetivo abordar a necessidade de um estudo direcionado a esse grupo de pessoas, a fim de mensurar a incidência de Cárie e Doença Periodontal.

A pesquisa iniciada em agosto de 2019, a qual teve como Orientadoras da aluna as professoras: Dra. Junia Carolina Linhares Ferrari e a Ms. Renata Marques da Silva Nemetala, incluiu como método, a aplicação de questionário e exame físico, realizado em 14 pacientes na faixa etária entre 7 a 18 anos. O questionário aplicado aos responsáveis dos pacientes, foi dividido em quatro segmentos principais: Geral (abordando grau de parentesco e dependência, idade, sexo etc), Hábitos de Higiene Bucal, Hábitos Alimentares e Presença de Cárie e Doença Periodontal.

Como resultado, a lesão de cárie esteve presente em 93% da amostra. Contudo, esse resultado é dividido em Lesão de Cárie Ativa (29%) e Lesão de Cárie Inativa (64%). Ou seja, a doença esteve de forma ativa em apenas 29% dos pacientes, sendo esse um resultado muito satisfatório para esse grupo de pacientes.  Entretanto, a incidência de Gengivite foi elevada, cerca de 86% contra 7% para Periodontite. Sendo assim, o Estudo concluiu que, de acordo com o questionário aplicado e o exame físico, todos os pacientes que não utilizavam o fio dental de forma regular, apresentaram resultado positivo para Doença Periodontal. Além disso, a maioria dos responsáveis relatou que, os indivíduos pesquisados são muito dependentes e necessitam de ajuda para realizar a higienização bucal diariamente. Com intuito de prevenir as patologias descritas, foi realizado Instrução de Higiene Oral e Aplicação de Flúor de acordo com as imagens abaixo:

 

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