Recentemente, o termo “umbigo triste” tornou-se o novo assunto viral no universo estético, após a influenciadora Maya Massafera compartilhar com o público que não se sente satisfeita com a aparência do abdômen e optará por uma cirurgia para resolver o problema. O “umbigo triste” refere-se à flacidez ou excesso de gordura na região do umbigo, que acaba por deixar a pele com um aspecto caído, afetando a autoestima de diversas mulheres.

De acordo com o cirurgião plástico Dr. Marco Polo Rios, o fenômeno pode ser provocado por diversos fatores, incluindo hábitos sedentários e alterações hormonais, além do processo natural de envelhecimento, que reduz a produção de colágeno e elastina — responsáveis pela firmeza e elasticidade da pele. “A idade tem um papel crucial nesse problema, pois, ao longo dos anos, o corpo perde colágeno, o que leva a uma diminuição na sustentação natural da pele”, explica o especialista.

Para corrigir a condição, uma das opções oferecidas é a “abdominoplastia reversa”, procedimento estético semelhante à abdominoplastia convencional, mas que se concentra na parte superior do abdômen, entre as mamas e o umbigo, visando eliminar o excesso de pele nesta região. O Dr. Rios descreve a técnica como uma solução eficaz para o problema, mas alerta para a importância de realizar a cirurgia com profissionais qualificados e experientes. Segundo ele, “a segurança do paciente depende diretamente do nível de qualificação do especialista, além do estilo de vida que o paciente adota.”
Entretanto, é importante ponderar os riscos. Dados da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) indicam que procedimentos de abdominoplastia registram taxas de complicação relativamente altas, especialmente no pós-operatório, com cerca de 20% de risco de complicações locais em mais de 20 mil casos avaliados.
Para aquelas que optam pela intervenção cirúrgica, o Dr. Rios recomenda manter um estilo de vida saudável e seguir rigorosamente as instruções médicas. “Quanto mais saudável o paciente, menores as chances de complicações e melhores são os resultados a longo prazo”, orienta o especialista, acrescentando que a cirurgia pode ser a solução estética buscada, mas deve ser encarada com cautela.
O “umbigo triste” continua sendo um ponto de discussão nas redes, onde as opiniões se dividem entre as que defendem a busca pela autoestima e as que questionam os padrões estéticos vigentes.