O turismo está em alta e o mercado de trabalho sente o impacto. Dados do Ministério do Turismo revelam que, só em 2024, 191.296 novas vagas formais foram abertas no setor, impulsionadas pelo aumento do fluxo de viajantes e pela retomada pós-pandemia. Os destaques ficam por conta dos segmentos de “Alojamento e Alimentação”, com 86 mil novas oportunidades, e “Arte e Cultura”, que gerou 28.800 empregos, um sinal claro de que os brasileiros estão investindo mais em experiências do que em produtos.

O fenômeno não se limita ao turismo. O setor de Serviços, que engloba a área, foi o maior gerador de empregos no país neste ano, com 929.002 postos criados. E as empresas que surfam essa onda estão expandindo rapidamente. É o caso da Pineapples, especializada em locações temporárias, que aumentou seu time em 204% no último ano, abrindo mais de 50 vagas.
Para Fábio Nahon, sócio-diretor da Pineapples e Diretor de Relações com Investidores da ABLT, o movimento vai além de uma simples recuperação. “A retomada do turismo não é apenas um reflexo do aumento das viagens, mas também uma mudança estrutural na forma como as pessoas enxergam suas experiências. O viajante atual busca alternativas mais flexíveis e personalizadas, o que impulsiona segmentos como a locação por temporada. Esse movimento gera novas oportunidades de negócio e exige que as empresas ampliem suas equipes para atender a essa demanda crescente. O impacto positivo desse cenário é evidente não apenas no turismo, mas em toda a cadeia econômica que ele movimenta.”

Além da retomada das viagens, especialistas apontam que o novo perfil do consumidor, que hoje é mais interessado em hospedagens diferenciadas e roteiros culturais, está remodelando o mercado. A Pineapples, por exemplo, não só aluga imóveis, mas oferece suporte completo, desde passagens aéreas até seguros e passeios, refletindo a demanda por serviços integrados.
Com números tão expressivos, o turismo se tornou não apenas um setor em alta, mas um motor essencial para a geração de empregos no Brasil. E a tendência, segundo analistas, é que o ritmo continue acelerado nos próximos anos.