O carcinoma hepatocelular, ou hepatocarcinoma é um tipo de tumor primário no fígado que ocupa a 5ª posição entre os mais comuns em homens e o sétimo em mulheres. Mas agora, o tratamento desta doença tem uma novidade que tem crescido no Brasil: microesferas radioativas.

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A Radioembolização é uma opção terapêutica minimamente invasiva para os pacientes com câncer no fígado. Ela amplia o leque de tratamentos disponíveis e consiste na injeção de esferas radioativas dentro das células tumorais utilizando as microesferas de resina contendo um isótopo radioativo (ítrio-90, ou Y-90). O método aprovado em 2014 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já foi utilizado em centenas de pacientes no Brasil e vem se expandindo. As esferas aplicadas têm uma dose até 40 vezes maior que a radioterapia convencional, com a grande vantagem de não afetar significativamente o tecido normal.
“Como a radiação é injetada diretamente no tumor, as microesferas liberam radiação para destruir as células cancerígenas, mas preservam os tecidos saudáveis”, explica Felipe Nasser, médico radiologista intervencionista. O tratamento está listado no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS), o que significa que todos os usuários dos planos de saúde no Brasil têm acesso à radioembolização, indicada aos pacientes com tumores inoperáveis, primários ou metastáticos.
“A situação clínica de cada paciente é importante na decisão da modalidade de tratamento. A saúde do fígado e o quanto daquele órgão está comprometido precisam ser avaliados por uma equipe multidisciplinar, por meio de diversos exames, que vão indicar as próximas etapas. Mas é importante que se busque orientações sobre diferentes técnicas e procedimentos mais recentes para tomar decisões conscientes e embasadas. Outro ponto de extrema importância é a avaliação de um médico especialista para a decisão do melhor tratamento”, finaliza o médico.