Em 2023, o índice de reciclagem mecânica das embalagens plásticas no Brasil atingiu 24,3%, com destaque para a produção de resina reciclada pós-consumo, que somou 940 mil toneladas no período. A região Sul desempenhou um papel crucial, sendo responsável por 257 mil toneladas – marca que a posiciona como a segunda maior produtora do país, atrás apenas do Sudeste, que registrou 510 mil toneladas.
Os números incluem a produção de diversas resinas recicladas, como PET, PEAD, PP e PEBD/PELBD, materiais amplamente utilizados em embalagens e produtos do dia a dia. “A indústria de reciclagem na região Sul segue em amplo desenvolvimento, isso porque é onde os sistemas de coleta estão mais bem estruturados, além de existir uma indústria de plásticos que é historicamente forte nos estados do Sul”, explica Maurício Jaroski, diretor de química sustentável e reciclagem da MaxiQuim, responsável pela análise.
Os dados são do estudo encomendado pelo Movimento Plástico Transforma, iniciativa do PICPlast, fruto da parceria entre a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) e a Braskem. Realizado desde 2018, o estudo acompanha anualmente a evolução da reciclagem mecânica no Brasil. Além de mensurar o tamanho do setor, a pesquisa é fundamental para identificar desafios e oportunidades, promovendo o avanço da economia circular.
O Movimento Plástico Transforma, criado em 2016, busca conscientizar a sociedade sobre a importância da reutilização e reciclagem do plástico. A iniciativa já impactou milhares de pessoas com ações educativas e conteúdos que demonstram como a tecnologia pode transformar esse material em soluções sustentáveis.
Com a crescente conscientização e aprimoramento da gestão de resíduos, a reciclagem mecânica no Brasil caminha para consolidar ainda mais seu papel na economia circular.
