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Analice Nicolau
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Setor de serviços cresce 3,1% enquanto crédito avança 30%

Colunista Analice Nicolau

26/11/2025 11h10

tor de serviços brasileiro mantém crescimento sólido de 3,1% em 2025, mesmo diante da Selic em 15%, impulsionado por segmentos-chave como transporte, turismo, tecnologia, educação e saúde. Esse desempenho se sustenta pelo aumento de renda, emprego e consumo estável, além da busca crescente por crédito estruturado, que avançou 30% no segmento neste ano. Especialistas da Multiplike destacam que soluções financeiras flexíveis, como FIDCs e crédito com garantias híbridas, têm garantido liquidez e segurança para empresas ampliarem capacidade produtiva e inovar, mesmo com juros elevados. Espera-se que a perspectiva de queda da taxa Selic em 2026 estimule ainda mais o acesso ao capital, consolidando o crédito estruturado como pilar do crescimento sustentável e do fortalecimento da economia real no Brasil.

Priscila de Freitas, especialista em crédito da Multiplike

Mesmo com Selic em 15%, o setor mais empregador do país mantém o crescimento e encontra no crédito estruturado uma saída para expandir com liquidez e segurança

O setor de serviços brasileiro tem se destacado como um pilar fundamental da economia, registrando um crescimento de 3,1% no acumulado dos últimos 12 meses até agosto de 2025, segundo dados recentes do IBGE. Este segmento, que abrange áreas como transporte, turismo, tecnologia, educação e saúde, alcançou o maior patamar de desempenho já observado, consolidando-se como o principal motor do PIB nacional. A despeito da taxa Selic elevada, atualmente em 15%, o aumento da renda e do emprego tem mantido o consumo em ritmo estável, favorecendo uma demanda sólida e constante. Além disso, o crédito para o setor avançou 30%, evidenciando uma busca crescente por soluções financeiras que possibilitem expansão com segurança e liquidez.

Priscila de Freitas, especialista em crédito da Multiplike, destaca que essa resiliência vem da eficiência operacional e do ajuste dos modelos de negócio nessas empresas, principalmente em tecnologia, consultoria e logística, que dependem menos de financiamento. Ainda assim, o custo elevado do capital impõe desafios à inovação e expansão, o que torna o crédito estruturado uma alternativa vital.

O crédito estruturado, incluindo fundos como FIDCs, permite a transformação de recebíveis em liquidez imediata e alonga os prazos das dívidas, preservando o caixa e reduzindo a dependência dos grandes bancos. “Operações de capital de giro com garantias híbridas têm ganhado forte adesão no setor de serviços”, afirma Priscila. Essa flexibilidade financeira tem possibilitado a ampliação da capacidade produtiva, renegociação de contratos, conquista de clientes mais robustos e estabilidade operacional, mesmo em cenário de juros altos.

Priscila de Freitas, especialista em crédito da Multiplike

O mercado de capitais brasileiro está maduro, movimentando R$ 7,94 trilhões, com destaque para renda fixa que representa cerca de 60%. A Multiplike, com patrimônio líquido de R$ 4 bilhões, experimenta forte crescimento, expandindo em 30% o crédito para empresas do setor de serviços, e projeta liberar R$ 7 bilhões em 2026, alinhando-se à expectativa de queda da Selic e a um novo ciclo de expansão.

Este cenário aponta para destravamento de projetos e ampliação do acesso a capital produtivo, consolidando o crédito estruturado como pilar do crescimento sustentável. Além de alternativa ao crédito bancário, ele fortalece o setor ao integrá-lo diretamente à economia real, estimulando emprego, investimento e consumo, essenciais para o desenvolvimento econômico do país.

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