Uma revolução no ramo das academias. Isso é o que Rodrigo Hasi e José Ramos têm proporcionado com a rede Evoque. Modelo híbrido e exclusivo de negócios no segmento é rentável para proprietários e vantajoso para alunos.

O Brasil é o segundo país com mais academias no mundo, atrás apenas do Estados Unidos. No modelo de negócios fítness, mais precisamente no de academias brasileiras, existe um altamente rentável, mistura de estabelecimento de bairro e low cost. Trata-se do híbrido (low price full service), que oferece mensalidade bem em conta para o bolso do consumidor e um vasto cardápio de modalidades, algumas delas exclusivas. A rede Evoque, a única do país que segue esse padrão, tem faturamento líquido anual de 52 milhões de reais e, em apenas seis anos de existência, desponta com uma das que mais crescem no país.

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Nascida em 2018, na cidade de Mauá, no ABC paulista, a Evoque em apenas seis anos de existência, já possui 37 unidades espalhadas pelo país, com o objetivo de chegar a 50 até o final de 2024. Mais: com o olhar também voltado para o mercado internacional. “Tudo é pensado em pessoas. Nossos funcionários formam uma grande família com direito, por exemplo, a ferramentas que fazem com que eles saibam gerir suas próprias finanças. E os nossos alunos contam com um leque gigantesco de modalidades, algumas atendendo necessidades específicas como as voltadas para a terceira idade. Tudo isso por um custo baixo”, diz Rodrigo Hasi, fundador e um dos donos da Evoque.
Com cerca de 1.000 colaboradores e 60 mil alunos, a rede oferece mais de 22 modalidades, sendo cinco aulas coletivas exclusivas, caso do pilates ballance, mistura de movimentos da metodologia original, de ioga, de alongamento, de exercícios funcionais e de tai chi chuan. O tíquete médio mensal oferecido ao cliente varia entre 109 e 159 reais.
Rodrigo vem de uma família de educadores físicos e iniciou sua aventura no ramo das academias em 2012, aos 24 anos, quando arrendou uma unidade em Mauá-SP, mas não deu certo. Ele voltou a gerenciar academias e, em 2018 adquiriu a Evoque, também em Mauá e, em pouco tempo, o número de alunos dobrou.
Com a pandemia, veio a crise, que foi superada em seguida com a conquista do público que voltaria a fazer exercício físico. Mesmo na pandemia, conseguiu abrir a segunda unidade da Evoque, em Santo André-SP. No ano seguinte, Rodrigo conheceu José Ramos, 38 anos, um empresário do ramo da tecnologia, que dava os primeiros passos no segmento de academias e que tornaria sócio dele na Evoque. O encontro desses dois jovens idealistas e com muita vontade de crescer, foi o que se pode chamar de “conexão empresarial à primeira vista”.
“Tínhamos muitas afinidades e o Rodrigo mostrou que para um negócio prosperar não bastava ser apenas apresentável como eu pensava, mas ter boa gestão”, confessa Ramos.