Adepta da ideia de que é preciso haver amor-próprio em ambos os lados para que se tenha um relacionamento saudável, Cláu Magalhães explica mais sobre o assunto e fala sobre até onde a pessoa deve ir para salvar um casamento. Ela também mostra alguns indícios de quando o relacionamento a dois já não está mais saudável.
Dados do Colégio Notarial do Brasil revelaram que o Brasil registrou um recorde de divórcios no primeiro semestre de 2021 com mais 37 mil processos: um aumento de 24% em relação ao primeiro semestre de 2020. Cláu afirma que esse aumento é um reflexo da pandemia, que fez com que os casais precisassem lidar com os problemas ao invés de os arrastarem para debaixo do tapete.
Os principais sinais de que um relacionamento não está saudável são os ciúmes em excesso, o sentimento de posse, a dependência emocional, abusos. A terapeuta explica que o abusador é, no fundo, uma pessoa que esconde uma grande insegurança e que se alimenta do sofrimento do outro para se sentir amado. Já quem é abusado costuma estar em uma posição de mendigar atenção e não se achar bom o suficiente. Ambos os casos envolvem pessoas sem amor-próprio.
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A solução para esse tipo de relacionamento? Não existe uma única solução. Cada caso é um caso. Magalhães afirma que a frase “até que a morte os separe” deveria ser “até que a morte do amor, da lealdade ou do respeito os separe”. “As pessoas estão arrastando relacionamentos porque se prega isso nesse juramento, mas às vezes é uma relação que já morreu e não há como resgatar”, diz Cláu.
A terapeuta afirma que o casamento em crise pode ser melhorado, mas quando há falta de amor, respeito ou se houver abusos, o relacionamento morreu
A terapeuta alerta que ninguém morre por não ter encontrado um amor ou por demorar a se casar, mas muita gente morre por casar mal. “As pessoas morrem internamente com isso”, explica. É importante que a pessoa pense bem ao dar um passo grande como um casamento e também entenda que há problemas nos relacionamentos. Em uma relação em crise, é fundamental entender se o que estão vivenciando é apenas uma crise temporária, refletir e sentir se ainda existe amor ou não, para que se possa ter mais clareza para decidir se há chances de conserto para o casal.
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“Às vezes o casal se desconecta, o amor de homem e mulher se transforma em um amor fraternal… As pessoas romantizam que o amor é luta, mas você não tem que lutar. Se você está lutando para se encaixar naquilo, há alguma coisa errada. As pessoas dizem que o amor não acaba, mas acaba. Maus-tratos faz acabar o amor, assim como a falta de respeito e carinho”, conclui a especialista.