A Região Serrana do Rio de Janeiro vem se consolidando como referência no tratamento de arritmias cardíacas. Com mais de 200 procedimentos realizados em Petrópolis, a expansão desse trabalho alcançou um novo marco em fevereiro de 2025, quando Teresópolis recebeu seu primeiro Estudo Eletrofisiológico e Ablação por Radiofrequência. A iniciativa, liderada pelo cardiologista e especialista em arritmias Dr. Tayene Quintella, representa um grande avanço para pacientes que sofrem com alterações no ritmo cardíaco.

“O estudo eletrofisiológico serve para identificar o foco da arritmia. Uma vez localizado, realizamos a ablação, que é uma cauterização por aumento de temperatura, podendo resolver o problema”, explica Dr. Tayene.

O procedimento foi realizado no Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO) e teve como paciente um médico de 30 anos, que já havia tratado uma arritmia há uma década. Após um novo episódio no aeroporto, ele foi encaminhado ao Dr. Tayene, que sugeriu a realização do tratamento em Teresópolis, onde agora passa a funcionar um novo Serviço de Arritmia e Eletrofisiologia Cardíaca.
A equipe médica contou com os eletrofisiologistas Dr. Rafael Rangel, Dr. Nilson Araújo, Dr. Cláudio Munhoz e Dr. Leonardo Siqueira, além da enfermeira instrumentadora Vanessa Valéria e dos anestesistas Júlia Gomes e Rafael Teixeira.
Expansão e novos métodos inovadores
Com o sucesso do procedimento, a equipe busca levar esse serviço a outras cidades da Região Serrana, como Nova Friburgo, Três Rios, Areal e São José do Vale do Rio Preto. A ideia é ampliar o acesso a tratamentos de ponta e evitar que pacientes precisem se deslocar para grandes centros urbanos em busca de atendimento.
Uma das novidades que pode chegar à região é a ablação de fibrilação atrial por campo pulsado, uma tecnologia inovadora no Brasil. Esse método utiliza um campo elétrico na ponta do cateter para isolar as veias pulmonares, sem a necessidade de energia térmica, reduzindo complicações e preservando melhor os tecidos saudáveis. O procedimento também garante mais precisão e um tempo de recuperação menor em comparação às técnicas tradicionais.
Com esses avanços, a Região Serrana do Rio se firma como pioneira no tratamento de arritmias, oferecendo mais qualidade de vida aos pacientes e impulsionando a evolução da medicina cardiovascular no interior do estado.