As queimadas no Cerrado aumentaram 177% no mês de agosto, segundo dados do Monitor do Fogo, uma iniciativa da rede MapBiomas, coordenada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Este cenário tem causando grandes impactos na economia desta região brasileira.
Somente no último mês, foram queimados 2.445.683 hectares, mais que o dobro do tamanho do Distrito Federal, contra 881.899 hectares em agosto de 2023. Setores como a pecuária e a soja também estão sendo atingidos pelas queimadas ilegais que acontecem pelo país. Conforme uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), estima-se uma perda de R$37,3 milhões em setores como agricultura, pecuária, além de gastos médicos emergenciais por causa dos incêndios.
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O monitoramento mostra ainda que o fogo no Cerrado está cada vez mais frequente e intenso, atingindo não apenas áreas naturais, mas também regiões agrícolas. Em agosto deste ano, as áreas agropecuárias registraram um aumento de 219% nas queimadas, com 440.843 hectares destruídos pelo fogo, em comparação com 138.274 hectares no mesmo mês do ano anterior.
“O Cerrado é fonte de água doce para todo o Brasil. Nele, nascem oito das 12 principais bacias hidrográficas do país. É essa água que abastece a indústria, a geração de energia por meio das hidrelétricas e a própria agropecuária. Portanto, destruir o Cerrado é destruir nossa forma de vida atual. É isso que queremos que a sociedade civil, tomadores de decisão e os próprios agricultores e pecuaristas entendam. Esse é o propósito da campanha”, explica Yuri Salmona, diretor executivo do Instituto Cerrados.
Diante deste cenário, a campanha “Cerrado, Coração das Águas” tem sido realizada com o propósito de sensibilizar a opinião pública para o bioma. O Cerrado ocupa mais de um quarto do território nacional e conecta a Amazônia, a Caatinga, o Pantanal e a Mata Atlântica. Saiba mais aqui.
