Quem estiver em Mogi das Cruzes no primeiro sábado do mês de maio (7) vai poder testemunhar um ato ecumênico cheio de representatividade e significado. Se trata da quarta caminhada para Ogum no munícipio do estado de São Paulo. O evento que acontece desde 2016 sofreu adaptações durante a pandemia, mas ainda que em formato de live, nunca deixou de levantar sua bandeira contra o preconceito religioso.
A caminhada, que voltou ao formato presencial, é organizada pela associação cultural e religiosa do Axé Mogi que nasceu com o foco de unir as casas de Umbanda e Candomblé. Vale ressaltar que a Umbanda é uma religião brasileira que sintetiza vários elementos das religiões africanas, indigenas e cristãs, mas busca não se definir por elas.
Pai Roberto D’Xango (60), presidente da Axé Mogi, tem trinta anos de terrero e está a frente da caminhada desde a estreia do projeto. Ele esclarece que independente da crença, todos são bem vindos para conhecer de perto o trabalho feito com dedicação pela associação. “Convido a todos os devotos de Ogum, Seu Jorge e todos que quiserem participar, para se juntar conosco na caminhada. Lembramos que estamos em um país laico e está na hora de lutar pela unificação das religiões e assim diminuir o preconceito que ainda existe”, pontua.
A concentração para início do evento começa às 9h na praça da Mirela, e segundo Pai Roberto, a expectativa é receber mais de 500 pessoas entre adeptos e simpatizantes. “É um evento que não faz acepção de pessoas. Não importa gênero, de onde a pessoa venha ou suas escolhas. Serão todos muito bem recebidos”, enfatiza.