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Analice Nicolau
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Por que o risco de infarto aumenta entre mulheres na menopausa?

As mulheres hoje em dia têm o mesmo estilo de vida dos homens, os mesmos hábitos, a mesma e até maior carga de trabalho, e os mesmos fatores de risco

Analice Nicolau

18/06/2024 12h00

Aline Azevedo, cardiologista da Plenapausa

A entrada na menopausa é desafiadora. Essa fase chega com uma série de mudanças na saúde emocional e física, e é preciso que elas deem mais atenção ao coração, pois após os 40 anos, o risco de doenças cardiovasculares já aumenta e aos 50 anos, ele cresce ainda mais, chegando a ficar até 30% mais suscetíveis a infartos.

Entre os fatores de risco relacionados à queda do estrogênio e das mudanças no corpo das mulheres estão o colesterol, a diabetes, pressão arterial, circunferência abdominal e controle de peso, entre outros que interferem diretamente no risco para as doenças cardiovasculares. Neste período, 40% delas apresentam aumento da circunferência abdominal, 23% têm seus níveis de pressão arterial acima do recomendado, 21% possuem alteração dos níveis de colesterol e 15% são diabéticas, de acordo com dados do Hospital do Coração (HCor).

A cardiologista da Plenapausa, Aline Azevedo, destaca que existe o estigma de que ter problemas no coração é algo predominantemente masculino, mas isso não é verdade. “As mulheres hoje em dia têm o mesmo estilo de vida dos homens, os mesmos hábitos, a mesma e até maior carga de trabalho, e os mesmos fatores de risco. E o percentual dessas doenças entre elas vem aumentando nos últimos anos. A Diretriz Brasileira de Menopausa: A Mulher no Climatério, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, estima que no ano que vem, as mulheres pós-menopausa vão representar 12% das doenças cardiovasculares no mundo. E sabemos que quanto mais idade vamos vivendo, é preciso ter mais cuidados”, diz.

Entre os efeitos mais conhecidos da menopausa está o envelhecimento vascular, que é quando as artérias vão ficando mais rígidas e o endotélio, que é a camada interna de células que revestem os vasos sanguíneos, começa a apresentar deformações, prejudicando a circulação e deixando todo o sistema menos resistente.

“A mulher que entra na menopausa precoce, antes dos 45 anos, tem muito mais chance de desenvolver doença cardiovascular, seja hipertensão arterial, doença arterial coronariana, arritmias com fibrilação atrial, todas as doenças cardiovasculares acontecem de forma mais prevalente nesse período”, explica Aline.

Plenapausa

Primeira Femtech no Brasil com foco na saúde da mulher a partir da menopausa. Entendendo que hoje, no Brasil, são cerca de 35 milhões de mulheres em idade menopausal e 85% delas sentem os sintomas em maior ou menor grau. Ainda que parte do público feminino desconheça os sintomas, a Plenapausa tem como missão gerar informação, cuidado e tratamento às mulheres durante essa fase, que a partir de pesquisas e dados, busca constantemente criar soluções efetivas para esse público. A femtech recebeu aceleração da Matter, maior hub de inovação em saúde dos Estados Unidos.

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