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Analice Nicolau
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Pesquisa inédita revela aumento de consumo de streaming e internet nas favelas do G10

A pesquisa revela que cada vez mais as favelas se conectam aos streamings, games e bancos digitais

Analice Nicolau

15/11/2021 9h00

Atualizada 13/11/2021 15h50

A pesquisa revela que cada vez mais as favelas se conectam aos streamings, games e bancos digitais

O Outdoor Social Inteligência, instituto de pesquisas focados na Classe C, divulgou uma pesquisa que estava sendo feita desde agosto deste ano sobre o consumo de streaming, games e telefonia móvel no G10 —bloco de Líderes e Empreendedores de Impacto Social das Favelas que, assim como os países ricos do G7, uniu forças em prol do desenvolvimento econômico e protagonismo das Comunidades.

O estudo mais recente releva que as redes sociais foram o chamariz para que os moradores das comunidades buscassem internet e principalmente qualidade. 62% dos entrevistados disseram possuir internet em casa. Das pessoas que possuem internet, 39% contrataram provedores locais, que garantem a cobertura dentro da favela. Já outros usam o famoso “gato” com internet que é, em média, o valor de R$ 101,78 mensais.

Entre as redes sociais mais utilizadas estão Facebook, Instagram e Tik Tok; já plataformas de streaming, disparado vence a Netflix com 75% dos moradores que são assinantes e em seguida, surpreendendo, o Youtube Premium. O gasto médio nacional com streaming de vídeo é R$ 51,00 por mês. Nas plataformas de música, o Spotify é o mais utilizado — principalmente, o Free, na qual o usuário não precisa pagar nenhum valor para utiliza-lo. E no mundo dos games, FreeFire e Fornite seriam os games que os moradores jogariam se pudessem jogar somente um jogo com 35% — logo atrás vem Crossfire com 24%.

A pesquisa também revela o consumo de telefonia móveis nas comunidades por região brasileira. Na região Sudeste, a operadora Tim é utilizada por 33% dos entrevistados; no Sul, 50% dos entrevistados utilizam a Tim; no Nordeste, a Oi é usada por mais da metade dos moradores, 57%; e no eixo Norte-Centro Oeste, 38% têm chip da Vivo.

O estudo tem como intuito revelar que mais e mais a internet tem chego a lugares que, há anos atrás, era tido como inviável. Mais e mais moradores de favelas estão buscando se conectar, se informar e usar a internet também como uma ferramenta para dividir seu dia a dia e mostrar, também, seus talentos.

Criado em 2012, o Outdoor Social é um negócio de impacto que atua no mercado brasileiro de publicidade para a comunicação com a periferia e no desenvolvimento de pesquisas de opinião e consumo com este público. Presente em 6.200 comunidades em todo o país, a empresa conta com 150 agentes comunitários, responsáveis pela análise do local, cadastramento e contato junto a moradores de comunidades que cedem seus muros para a colação de painéis publicitários, grafites ou promoções, de forma remunerada. Com uma economia circular e gerando renda dentro das favelas, o sistema já beneficiou mais de 30 mil famílias.

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