Uma mulher de 24 anos foi presa preventivamente em Itajaí, Santa Catarina, acusada de perseguição sistemática contra um dentista e sua namorada. A suspeita já respondia por crimes de stalking, injúria e ameaça contra o casal e descumpriu medidas cautelares impostas pela Justiça. O dentista sofria perseguição desde 2019, quando a jovem foi paciente em um tratamento odontológico.
Segundo a polícia, a suspeita intensificou a perseguição nos últimos meses. Ela teria criado e-mails falsos e utilizado celulares de terceiros para continuar enviando mensagens com injúrias e ameaças às vítimas. Além disso, monitorava os endereços onde o casal morava, trabalhava e frequentava, como restaurantes e outros locais de lazer.
Em 2024, um termo circunstanciado foi decretado contra a jovem, proibindo-a de se aproximar ou manter qualquer contato com o dentista e sua namorada. No entanto, o descumprimento das restrições levou à decisão judicial de decretar sua prisão preventiva.
Para o especialista em Direito Penal e Violência contra a Mulher, Leonardo Pantaleão, o crime de stalking tem graves impactos emocionais e psicológicos. “O assédio contínuo pode levar à ansiedade, depressão e até trauma. A tipificação dessa conduta como crime reconhece a gravidade do problema e oferece proteção legal às vítimas”, explica.
Pantaleão também ressalta que a punição serve como um alerta para desencorajar comportamentos abusivos e garantir que agressores não fiquem impunes. “A ausência de penalidades pode perpetuar ciclos de violência e aumentar a vulnerabilidade das vítimas”, pontua.
A suspeita teria confessado parte dos crimes na época do termo circunstanciado. Agora, com a prisão preventiva decretada, permanece à disposição da Justiça. O caso reforça a importância do endurecimento das leis contra o stalking e da denúncia como ferramenta de proteção às vítimas.
