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Analice Nicolau
Analice Nicolau

O empoderamento e o brilho da violinista trans Nathália Rodrigues

Em uma apresentação histórica no SATED, uma violinista trans quebra estereótipos e reafirma a força da arte como ferramenta de resistência e empoderamento.

Analice Nicolau

10/12/2024 17h00

Na noite de um evento especial organizado pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões (SATED), no Rio de Janeiro, uma violinista trans protagonizou um momento que vai muito além da música. Aos 26 anos e formada pela Escola de Música Villa Lobos, no Rio de Janeiro, a artista levou ao palco não apenas seu talento, mas também uma mensagem de resistência e superação.

“Para as outras pessoas, pode ter sido um evento comum, mas para mim, que vivo a realidade trans neste país, foi uma conquista que celebro com o coração cheio de gratidão”, declarou a violinista. O convite, feito diretamente pela presidência do SATED, é uma prova de que sua arte transcende preconceitos, reafirmando que mulheres trans têm talento, histórias e o direito de ocupar espaços sociais e culturais.

A violinista destacou o papel da arte como um meio poderoso de transformar realidades e promover reflexões sobre diversidade. “A música me trouxe para um lugar de conexão e de diálogo. Quero que minha trajetória inspire outras mulheres trans a acreditarem em seus dons e a não aceitarem menos do que merecem”, afirmou.

Porém, o caminho não foi fácil. Desde a infância, enfrentou piadas e discriminação, mas ela ressignifiocu a dor e conquistou espaços que antes eram negados. Hoje, além de violinista, ela estuda teatro, mirando novas conquistas artísticas e sociais. “Eu uso minhas experiências como estratégia para seguir em frente. Cada passo é um ato de resistência”, disse.

O evento no SATED é um marco em sua história, mostrando que mulheres trans podem e devem estar nos palcos, sejam eles artísticos ou sociais. Sua performance emocionou o público e reafirmou que a arte é uma linguagem universal capaz de superar barreiras e preconceitos. Com um sorriso, ela conclui: “O que importa é que estamos aqui, vivas, conquistando e mostrando que merecemos tudo isso e muito mais”.

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