A comunicação brasileira viveu um dia histórico no Summit Press 2025
Na última segunda-feira, a comunicação brasileira parou para se olhar no espelho. O Teatro Gazeta, em São Paulo, foi o palco do Summit Press 2025, um evento que já nasce histórico ao reunir a elite do jornalismo e da comunicação para um diagnóstico profundo e inspirador. Sob o tema “A Comunicação em Estado Líquido”, a idealizadora Lu Pimentel nos convidou a navegar pelas transformações de um mercado que flui, escorre e nos desafia a sermos arquitetos do amanhã, e não meros espectadores, como também salientou Leandro Sobral, diretor de novos negócios na Press Manager.
A plateia, formada por um seleto grupo de CEOs, diretores de grandes agências, assessorias, RPs e jornalistas, testemunhou um dia de debates que tocaram nos pontos nevrálgicos da nossa profissão. Leo Branco, da Exame, abriu a programação desmistificando a rivalidade entre impresso e digital, mostrando como a relevância do conteúdo guia a curadoria, onde um meio aprofunda e o outro contextualiza com velocidade. Em seguida, Igor Peixoto, do SBT News, nos trouxe à urgência da Inteligência Artificial, ressaltando que, embora a tecnologia agilize processos, o olhar humano e a checagem continuam insubstituíveis e soberanos.

Um dos momentos de maior conexão com a plateia foi o painel sobre as dores e as necessidades de mudança na assessoria de imprensa. Coube a mim, em um relato que me emocionou profundamente, compartilhar minha jornada de transição de carreira, um espelho da coragem que tantos de nós precisamos para nos reinventar. A força desse tema ecoou nas falas seguintes, como a de Ellen Nogueira, da CNN, que reforçou a necessidade de escuta ativa e credibilidade, e a de JR César, que narrou sua ousada migração de assessor a empresário digital.

O dia seguiu com a aguardada apresentação de Juliana Colombo sobre a chegada da CNBC Times Brasil, e um super painel mediado por Sheila Magri, da ABRACOM, que colocou em pauta a agilidade que o mercado corporativo exige de nós. Os debates sobre o deserto de notícias com Sergio Ludtke e o jornalismo de impacto com Bruno Morassutti nos lembraram do nosso propósito. E Jany Lima, da ABRAPE, coroou a discussão com dados que comprovam a importância estratégica da nossa atuação.

O encerramento foi uma apoteose. Pela primeira vez, ícones como Flávio Ricco, Sonia Abrão, José Armando Vanucci e Fabíola Reipert sentaram-se juntos para debater o jornalismo de entretenimento. Foi uma aula de história, um momento para entender de onde viemos para saber para onde vamos. Como disse Lu Pimentel, o Summit Press foi um chamado, um “bora acordar”. Saímos de lá com a certeza de que a chave da comunicação no Brasil começou, de fato, a ser virada.