A Inteligência Artificial deixa de ser uma promessa para se tornar a maior alavanca de competitividade e eficiência nos escritórios de advocacia
Em um setor tradicionalmente guiado por códigos, precedentes e uma certa resistência à mudança, a Inteligência Artificial chegou não para pedir licença, mas para redefinir as regras do jogo. A discussão sobre a IA no Direito deixou o campo da futurologia e invadiu a rotina dos escritórios, transformando o papel do advogado de redator para estrategista. Quem não perceber essa virada, corre o risco de se tornar obsoleto.
Um exemplo prático dessa revolução vem da New Lever, uma empresa que nasceu de um encontro providencial entre a experiência de mercado e a excelência acadêmica. O negócio une a expertise de Fernando Gomes Xavier, advogado e empreendedor com mais de uma década de serviços para o mercado jurídico, e o conhecimento de professores da UnB, líderes do Laboratório de IA que implementaram projetos relevantes no judiciário.
A proposta é clara: usar a tecnologia para que advogados gastem menos tempo em tarefas repetitivas e mais tempo no que realmente importa, pensar que estratégia é fortalecer o relacionamento com o cliente. A ferramenta da New Lever consegue, por exemplo, elaborar contestações com base nos modelos do próprio escritório e otimizar toda a gestão, desde o monitoramento de prazos até a análise de rentabilidade por caso.
Segundo Fernando Gomes Xavier, a mudança ocorre em duas frentes. Na produção jurídica, a IA sumariza processos e elabora petições para revisão. Na gestão, ela se torna o cérebro operacional do escritório, orientando decisões com base em dados, não em intuição.

“Os advogados que ainda não usam IA estão perdendo tempo de resposta, margem e posicionamento competitivo”, crava o especialista. Os números da American Bar Association confirmam a tendência: a adoção de IA no setor saltou de 11% em 2023 para quase 30% em 2024. Ficar de fora significa entregar um serviço mais lento e mais caro.
Mas como adotar a tecnologia sem “trocar velocidade por vulnerabilidade”? Fernando lista três regras de ouro: checagem humana sempre, priorizar a privacidade de dados (LGPD) e garantir a rastreabilidade de todo o processo. “A IA não substitui o advogado, mas turbina a qualidade do trabalho de quem a usa com método e governança”, esclarece.
A reflexão que fica é poderosa. Com a IA, um advogado pode reduzir de 3 para 1 hora o tempo gasto em uma entrega operacional e ganhar 2 horas preciosas para cuidar do cliente. A tecnologia não está roubando o lugar do profissional, mas devolvendo a ele seu ativo mais valioso: o tempo para pensar. Quem adia essa parceria, cede terreno para uma concorrência que já entendeu que o futuro da advocacia é hoje.