A neuropediatra Angélica Ávila, especialista em transtorno do espectro autista (TEA), fixou residência em Fortaleza, no Ceará — vale lembrar que a médica já atendia pacientes na capital cearense e mantinha agenda no estado. Ela destaca que seu trabalho tem como foco central a criança e sua família, levando em consideração as dúvidas, angústias e esperanças que surgem com o diagnóstico de TEA.
Segundo Angélica, o diferencial de seus atendimentos está em um olhar integral, que alia ciência, escuta ativa e acolhimento. “Essa forma de cuidar nasceu da minha própria história. Cresci ao lado do meu irmão, que só foi diagnosticado com autismo na vida adulta. Durante anos, minha família percorreu um caminho difícil, sem direcionamento, enfrentando muito sofrimento que poderia ter sido evitado. Muitas das comorbidades que ele apresenta hoje poderiam ter sido evitadas”, relata.
Para a neuropediatra, cada consulta representa uma oportunidade de oferecer suporte e construir, junto com as famílias, um percurso mais leve, com mais informação, conexão e acolhimento. Ela ressalta ainda que a empatia não deve ser apenas um discurso, mas uma prática constante e um compromisso com o cuidado. “O meu objetivo é que as famílias não se sintam sozinhas diante do diagnóstico. Quando unimos acolhimento e conhecimento, o caminho pode ser mais leve, porque a jornada já é, por si só, bastante complexa”, finaliza.
