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Analice Nicolau
Analice Nicolau

Não consigo pagar minhas dívidas, o que fazer? 

Colunista Analice Nicolau

06/11/2025 12h21

Levante a mão se você já perdeu o sono por causa de uma dívida. A sensação é familiar para milhões de brasileiros, mas para muitos, tornou-se uma sombra que paralisa sonhos e corrói a paz. Segundo pesquisas, a angústia financeira é um gatilho direto para ansiedade e depressão em mais de 80% dos endividados. Não é apenas sobre dinheiro; é sobre saúde.predictus​ Em um cenário onde a inadimplência atinge a marca alarmante de quase 78 milhões de pessoas, surge uma voz de credibilidade para guiar quem precisa de ajuda.

Em uma conversa essencial, a jornalista Analice Nicolau e a especialista Dra. Magna Damázio mostram o caminho para retomar o controle da sua vida financeira

Em um país onde a inadimplência afeta quase 72 milhões de pessoas, a vergonha e a ansiedade se tornam uma crise silenciosa. É hora de quebrar o tabu e encontrar o caminho de volta. Levante a mão quem nunca perdeu o sono por causa de uma dívida. A questão, quase retórica, revela uma dor coletiva. Para milhões de brasileiros, a dívida não é apenas um número no extrato bancário; é uma sombra que paralisa sonhos e, segundo pesquisas, aciona gatilhos de ansiedade e depressão em mais de 80% dos endividados.

Diante de um cenário onde a inadimplência afeta quase 72 milhões de pessoas, surge a necessidade de unir credibilidade e conhecimento para mostrar que existe, sim, um caminho. É um movimento que une minha voz, como jornalista, à de especialistas como a advogada Dra. Magna Damázio.

Como jornalista e estrategista de comunicação, observo uma ferida que começa muito antes do primeiro empréstimo. “Crescemos ouvindo que dinheiro não era assunto nosso, que era ‘sujo'”, afirmo. Acompanhamos nossos pais em meio a planos econômicos turbulentos, começamos a trabalhar cedo e, na urgência do dia a dia, mal tivemos tempo para olhar para as próprias finanças.

Analice Nicolau, colunista do Jornal de Brasília e Estrategista de Comunicação Digital

O resultado é um eco geracional: hoje, 77% das mulheres brasileiras estão endividadas. Um reflexo direto da falta de educação financeira que nos foi, de certa forma, negada. “Essa insegurança, alimentada por crenças limitantes, nos torna um alvo vulnerável para um ciclo de dívidas que começa com um sonho, mas pode terminar em um pesadelo de vergonha e solidão”, completou.

Paradoxalmente, a estabilidade do serviço público tornou-se uma isca para o superendividamento. Cerca de 70% dos servidores estão endividados, muitos capturados pela aparente facilidade do crédito consignado, que compromete a renda antes mesmo que ela chegue à conta. A falsa sensação de segurança abre portas para um ciclo de empréstimos que sufoca o orçamento e a qualidade de vida, transformando o que deveria ser um porto seguro em uma âncora financeira.

É para guiar e tirar dúvidas que eu e advogadas como a Dra. Magna Damazio, especialista em Direito Bancário, encontramos nas lives semanais um espaço para abraçar temas complexos como este. “São mulheres que passam pelos mesmos dilemas, que trabalham fora ou em casa, cuidam da família e, muitas vezes, veem que a conta não fecha no fim do mês”, salienta a Dra. Magna.

Dra. Magna Damázio; Especialista em Direito Bancário

Este é um espaço seguro de acolhimento, pensado para mulheres e servidores públicos. A cada semana, traduzimos o “juridiquês”, revelamos os direitos garantidos pela Lei do Superendividamento e oferecemos o passo a passo para renegociar dívidas e virar o jogo.

Esse é um chamado para todas nós mulheres: “Enquanto não se faz o básico dentro de casa, anotar cada gasto, criar uma planilha e ter disciplina, nossa saúde mental se esvai, nossa força física diminui e nosso emocional vira um lixo”. As lives, todas as quintas-feiras às 19horas vem para trazer clareza para população.

É a união da credibilidade do jornalismo com a força do direito para oferecer uma solução real. Mais do que informar, a iniciativa busca transformar a sua relação com o dinheiro, mostrando que é possível quitar débitos, recuperar a dignidade e, finalmente, voltar a sonhar.

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