Na manhã desta quinta-feira (14), o Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a julgar as ações penais relacionadas aos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. Por maioria, o STF condenou o réu Aécio Lúcio Costa Pereira a pena de 17 anos de prisão por envolvimento nos atos antidemocráticos, em sessão que deu continuidade a outros julgamentos.

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Em um momento crucial do julgamento, a ministra Carmén Lúcia proferiu um voto que julgou procedente a ação seguindo o relator na integralidade, mas também respondeu Sebastião Coelho, defensor do bolsonarista Aécio Lúcio, que disse que os magistrados “são as pessoas mais odiadas do país”.

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“Senhora presidente, bendita democracia, que permite que alguém que mesmo nos odiando pode, por garantia dos próprios juízes, vir e dizer a eles sobre isto, que é a sua verdade. Em uma ditadura nós sabemos que isso não seria permitido, porque nós sabemos que nem há Judiciário independente, nem advocacia livre, e nem cidadania com direitos. Bendita democracia”, disse a ministra à a presidente da Corte, ministra Rosa Weber.
As palavras de Carmén Lúcia refletem o posicionamento do STF em relação ao pensamento apresentado sobre os ministros. Em um momento em que as instituições democráticas enfrentam desafios, o tribunal desempenha um papel crucial ao garantir que todos tenham a oportunidade de se defender perante a lei, independentemente de suas opiniões políticas.
O julgamento dessas ações penais continua a ser um marco importante na defesa dos valores democráticos no Brasil. O voto da ministra Carmén Lúcia reforça a ideia de que a democracia não apenas permite a diversidade de opiniões, mas também protege o direito de todos os cidadãos, independentemente de suas convicções políticas.