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Analice Nicolau
Analice Nicolau

Livro com aquarelas “esquecidas” de pintor suíço é lançado no Brasil

Biólogo André Victor Lucci Freitas foi encontrado pela neta do pintor para organizar a publicação

Analice Nicolau

20/06/2024 13h08

Almir, Blaise, André e Beatrice, os responsáveis pelo livro

Um livro com aquarelas “esquecidas” de um pintor suíço foi lançado no Brasil. Biólogo da Unicamp, André Victor Lucci Freitas foi encontrado pela neta do pintor para organizar a publicação da obra “Borboletas do Brasil – Aquarelas”.
Segundo o professor do Instituto de Biologia da Unicamp, as imagens foram feitas por Paul-André Robert décadas atrás, mas não chegaram a ser publicadas. A neta do aquarelista, Béatrice Reichen-Robert, que é professora de francês no Brasil, teve a ideia de reunir as imagens e procurar por um biólogo especialista em borboletas pra fazer a parte científica que acompanharia as imagens. “As aquarelas foram feitas com o intuito de fazer um livro sobre borboletas brasileiras. Aí ela me achou pela internet ao procurar especialistas em borboletas e mariposas e entrou em contato comigo. A gente lançou esse livro juntos”, conta André.


A obra conta com a descrição científica das borboletas e mariposas, além de dados sobre a história do pintor e dados sobre sua obra, detalhada por Blaise Mulhauser, diretor do Jardim Botânico de Neuchâtel, na Suíça. Além dos três autores, se juntou à obra Almir Cândido de Almeida, fotógrafo e aquarelista, que relata no livro sobre os detalhes trazidos pelas fotos e aquarelas como diferentes maneiras de representar o mundo e a natureza. “Eu particularmente achei muito interessante, porque era numa época que fotografias eram caras e não muito fáceis de conseguir, imagens de natureza muitas vezes retratavam melhor as espécies, a biodiversidade, do que as fotografias”, diz André sobre as aquarelas de Paul-André Robert presentes no livro.


André Victor Lucci Freitas conta ainda que o livro teve apoio de várias instituições, inclusive da Embaixada da Suíça no Brasil. “Tanto é que sexta-feira nós vamos ao almoço que vai ser também em comemoração ao lançamento do livro na Residência Consular do cônsul da Suíça, em São Paulo”, diz.
Para o biólogo, participar de uma publicação como esta foi um momento especial. “O Paul-André deixou esse legado. Ele tinha uma qualidade, uma técnica excepcional de pintar em aquarela, que pode ser apreciada pelas imagens que estão reproduzidas lá [no livro]. Além do mais, o livro celebra um encontro entre áreas que parecem tão distintas, mas que caminham lado a lado, a arte com a ciência. Esse é um ponto que é muito interessante. Assim, esse foi um momento muito especial em minha carreira, onde pude contribuir com uma obra juntando a arte e a ciência”, pontua.

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