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Analice Nicolau
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Fertilidade também é diversidade. Com Dra. Letícia Piccolo

A mais ou menos um mês foi sancionada uma lei que permite a utilização do FGTS para casais lésbicos utilizarem o valor no processo de fertilização

Analice Nicolau

02/07/2021 9h35

Léticia Piccolo

O curioso é a resposta da doutora e os dados que ela aponta! Ela diz assim “Ok, vamos fazer, mas bora buscar um doador anônimo num banco de sêmem. Te prometo que sai muito mais barato!”. Segundo a Dra. Letícia a quantidade de processos abertos após o nascimento dos bebês gerados dessa forma (casais lésbicos e amigos) é gigante e sempre acaba mal. O último caso dela nesse universo, briga até hoje na justiça.

Bem recentemente, há mais ou menos 1 mês, foi sancionada uma lei que permite a utilização do FGTS para casais lésbicos utilizarem no tratamento de reprodução assistida. Ela atendeu a um casal que lutou por esse direito. Outra grande frequência de atendimento da doutora são as “mães solo”, antigamente chamada de “produção independente”.

Em casais homoafetivos a Dra. Letícia tem um caso, lembrando por ela como triste. Ela conta: “Trabalhei em parceria com uma clínica de reprodução assistida, famosa – prefiro não citar nome – onde um casal gay nos procurou para engravidar (no caso de homens, faz-se o uso de barriga de aluguel). Lutei muito por eles, porém o conselho da clínica me impediu de ir além alegando que não queriam esse tipo de imagem. Eu tentei de todas as formas, foi tão demorado o processo que eles desistiram. Fiquei muito chateada pelo casal na época. Pouco tempo depois me desliguei dessa clínica. Nossos pacientes nos procuram cheios de histórias de amor. Independente do gênero, todos têm direito a constituir suas famílias”.

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