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Analice Nicolau
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Legendários, movimento que resgata homens pelo mundo com propósito e fé, transforma vidas em 20 países

Movimento criado na Guatemala chega ao Japão e toca o coração de homens no Brasil

Analice Nicolau

25/06/2025 12h00

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Iniciativa global usa jornadas desafiadoras para restaurar identidade, fé e propósito masculino

A resposta não está apenas na aventura, na superação física ou no desafio mental. Está em algo muito mais profundo: um chamado por transformação.

Para Chepe Putzu, fundador do movimento Legendários, o cenário atual exige uma resposta à altura. “Vemos que o homem passa por um colapso emocional, social e espiritual. De fato, os homens cometem mais suicídio, são mais presos, abandonam a escola com mais frequência, param de ir à escola muito mais rápido e também são mais suscetíveis ao uso de drogas. 78% das mortes, segundo a OMS, são cometidas por homens. E entre os jovens com menos de 30 anos, 80% desses casos são cometidos por homens. No sistema penitenciário, 95% no Brasil são homens e 91% dos assassinatos que ocorrem nas ruas do país são cometidos por homens. Então veja a dívida que temos”, destaca o legendário.

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Mais de 40 mil homens no país já enfrentaram suas batalhas internas em missões do Legendários

O movimento que começou apenas com 109 homens na Guatemala, hoje impacta mais de 122 mil vidas em mais de 20 países. Cada passo dado na trilha, cada noite mal dormida na barraca, cada lágrima derramada durante os momentos de vulnerabilidade fazem parte de um processo de reconstrução de identidade, fé e propósito.

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Homens enfrentam a dor e descobrem um novo propósito através da fé e da superação

Subir a montanha é um símbolo. No Japão, esse chamado ganhou um significado ainda mais urgente. Em um país marcado por uma das maiores taxas de suicídio do mundo, 300 homens atravessaram o Bosque Aokigahara na primeira missão. Na conhecida Floresta do Suicídio, “onde o silêncio muitas vezes é mais presente que o diálogo, surgimos como um grito de fé”, disse Chepe Putzu.

O Brasil lidera o número de participantes, com mais de 40 mil homens que já decidiram subir suas montanhas. Não apenas no sentido geográfico, mas nas montanhas internas: superar vícios, restaurar casamentos, reconectar-se com os filhos, vencer a depressão ou reaprender a amar.

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