A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, anunciou um acordo histórico com o Governo da Nigéria para investir US$ 2,5 bilhões no desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis e na construção de seis fábricas de processamento de alimentos nos próximos cinco anos. O memorando de entendimento, assinado nesta quinta-feira (21), tem como meta combater a insegurança alimentar e impulsionar a produção local no país mais populoso da África.

A parceria prevê a construção de três fábricas de aves, duas de bovinos e uma de suínos, além de um plano abrangente para fomentar práticas agrícolas sustentáveis e apoiar pequenos produtores. A Nigéria, que enfrenta uma das maiores taxas de fome do mundo, poderá reduzir sua dependência de importações e gerar milhares de empregos locais com a implementação do projeto.

“A experiência global da JBS nos mostra que uma cadeia produtiva sustentável pode transformar a realidade socioeconômica, especialmente para as populações mais vulneráveis”, declarou Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.
Atualmente, 24,8 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar na Nigéria, de acordo com o Programa Mundial de Alimentos (WFP). O plano de investimento busca atacar diretamente esse problema, ampliando a produção de proteínas no país, que já representa 10% do PIB nigeriano, mas atende apenas 40% da demanda interna.
O governo nigeriano assegurará condições econômicas, sanitárias e regulatórias para a execução do projeto, enquanto a JBS conduzirá estudos de viabilidade, projetos de infraestrutura e assistência técnica aos pequenos agricultores. A estratégia segue modelos de sucesso da empresa, como o programa Escritórios Verdes no Brasil, que combina eficiência produtiva com sustentabilidade socioambiental.
“A colaboração com o Governo da Nigéria busca implementar o Plano Nacional de Segurança Alimentar e promover o acesso de populações vulneráveis a alimentos de qualidade, além de impulsionar a capacidade produtiva do país”, completou Tomazoni.
A Nigéria, maior economia da África e com projeção de alcançar 400 milhões de habitantes até 2050, tem desafios complexos em segurança alimentar e desenvolvimento sustentável. Este acordo pode servir de modelo para outras nações africanas na busca por soluções duradouras para questões socioeconômicas críticas.