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Analice Nicolau
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Iniciativa inédita: Ambev promove retificação de nomes dos colaboradores trans de forma gratuita

Para cada membro da equipe que fizer a retificação, a empresa também doará o valor proporcional à Casa Neon Cunha, ONG que acolhe pessoas da comunidade LGBTQIA+

Analice Nicolau

21/05/2022 10h00

Atualizada 20/05/2022 16h12

Para cada membro da equipe que fizer a retificação, a empresa também doará o valor proporcional à Casa Neon Cunha, ONG que acolhe pessoas da comunidade LGBTQIA+

A Ambev anunciou recentemente uma ação inédita em prol da diversidade, equidade, inclusão e direito de todos. Através do projeto “Me chame pelo meu nome (e pronome também)”, a cervejaria vai apoiar o seu time de pessoas trans e travestis no processo de retificação de seus nomes, de forma gratuita e com todo o suporte necessário.

Por entender todas as questões burocráticas que englobam a alteração de nome, a empresa chamou um advogado especializado no tema para fazer todo o processo para colaboradores que solicitarem a troca.

Issabela Reis, Analista de Gente e Gestão da Ambev, chegou a fazer a alteração dentro da proposta do governo, mas seu nome civil ainda consta em seu documento. Agora, falta pouco para essa realidade mudar. “Essa é uma questão muito humanitária do corpo trans, de enxergar a possibilidade da nossa existência. Me senti humana”, comenta.

E para que pessoas em situação de vulnerabilidade também possam realizar este sonho, a Ambev fará uma doação proporcional ao valor investido em seus colaboradores à Casa Neon Cunha, ONG que acolhe pessoas da comunidade LGBTQIA+. O valor arrecadado será enviado para a instituição, e lá será feita a divisão para que eles consigam retificar o maior número possível de nomes.

Atualmente, existem mais de cem pessoas trans na Ambev, em diferentes níveis hierárquicos.

“Na Ambev, respeito e empatia são valores inegociáveis para que a gente possa transformar vidas para além do nosso ecossistema. Afinal, ser quem você é te dá liberdade para criar, inovar, discutir e engajar seus planos e movimentos na companhia”, afirma Michele Salles, Head de Diversidade, Inclusão e Saúde Mental da cervejaria.

A empresa também lançou um guia de apoio para eventuais desafios práticos, além de conteúdos exclusivamente pensados para apoiar a jornada da população trans e travesti dentro do ambiente profissional.

“Há 5 anos eu me descobri um homem trans. Desde então, tem sido uma batalha para ter meu nome e o meu gênero reconhecido para o Estado e para minha carreira profissional – por travas jurídicas e financeiras. Quando tive a oportunidade de ter meus documentos retificados pela Ambev senti alívio, esperança e acolhimento por parte de todos. Me senti visibilizado e surpreso por haver uma empresa que, de fato, promove uma política de pertencimento às minorias”, comenta Felipe Ferreira de Barros, Analista de Insumos da Ambev.

Além da iniciativa, a empresa também trabalha com quatro grupos de representatividade, o Lager, responsável por promover um ambiente de trabalho no qual as pessoas possam ser elas mesmas, alinhado com a Carta de Compromisso do Fórum de Empresas e Direitos LGBTQIA+; o Weiss, que discute e promove ações relacionadas à pauta de gênero; o Block, voltado a gerar oportunidades, promovendo a diversidade racial e tratamento igualitário, e o IPA, que cuida para que oferecer um ambiente acessível, ergonômico e inclusivo para os diferentes corpos.

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