Como será que eram os bastidores do icônico humorístico Casseta e Planeta? Claudio Manoel, convidado do podcast Achismos de Maurício Meirelles contou detalhes nunca revelados sobre o dia a dia do Casseta e Planeta. O humorista revelou que existiam brigas físicas com socos e todas as vezes o humorista Madureira estava envolvido:

“Uma vez estávamos ensaiando para um show no Canecão, no Rio de Janeiro e vi o Madureira no chão. O Hubert tinha acabado de dar uma porrada no Madureira porque falou que ele estava enchendo o saco. O Bussunda estava assistindo a um jogo do Brasil na hora. O diretor pediu pra eu conversar com eles para não acontecer isso. Antes do show eu falei: o que aconteceu ficou para trás, não tem que ter climão. E o Bussunda me interrompeu e disse: isso tudo porque o Brasil empatou com a Colômbia? Ele nem tinha visto a porrada”.

O politicamente correto e a censura que passavam na época do programa também foi pauta da conversa. Aliás, Claudio disse que a Organizações Tabajaras foi criada para despistar a proibição que tinham por não poder mostrar marcas.
Claudio detalhou um episódio em que foram proibidos de fazer piada com o 11 de setembro, mas que hoje agradecem a proibição: “11 de setembro mandamos para produção várias piadas. Mario Lucio Vaz me ligou e perguntou se estávamos malucos de fazer piada com três mil mortos, porque a opinião pública iria contra a gente. E foi uma grande proteção, a gente iria se ferrar muito”.
O limite do humor e o caso Leo Lins também foi falado e defendido por Claudio Manoel. Segundo ele, o grande nicho do humor é o grupo de pessoas que entendem que humor é humor:
“Tem humorista que faz piada pada desagradar o público. O Leo Lins é um pouco isso, o Madureira um pouco isso. A irritação dá um “que” de engraçado. O maior nicho do humor é esse. A galera que curte o humor sabendo que aquilo é humor. A galera em geral acha que tudo é ironia.
O Leo procura saber: não pode fazer piada sobre o que? Pedofilia, escravidão, então é isso que vou fazer”.