Dois alpinistas brasileiros embarcaram em uma das maiores aventuras de suas vidas: a escalada do Monte Everest, a montanha mais alta do mundo, com 8.849 metros de altitude. Com o apoio da Globalsat Group, que forneceu equipamentos de comunicação via satélite, os experientes Eduardo Cotrim e Leonardo Alves Pena alcançaram a altitude impressionante de 8.400 metros, já na conhecida “Zona da Morte”, onde enfrentaram condições extremas. A partir daí, eles recuaram por questões climáticas, priorizando a segurança diante de ventos intensos e nevascas.

A expedição teve início em 11 de abril e se estendeu até 28 de maio, totalizando cerca de 45 dias de jornada. Dos quase 9.000 metros almejados, os atletas subiram 8.400 metros, um feito que apenas 50% dos alpinistas que sobem a montanha conquistam. Considerando que o percentual de alpinistas que chegam a essa altitude no Monte Everest é maior do que o percentual que atinge o cume, trata-se de uma grande conquista. Além disso, o retorno em segurança é considerado um grande feito no montanhismo de alta performance.

Cotrim e Pena comentam que nesse tipo de jornada é muito comum recuar. O ataque ao cume foi interrompido por condições climáticas severas, no final de maio, que surpreenderam todos os grupos na montanha. Ventos superiores a 60 km/h, acompanhados de neve fina, criaram uma tempestade de cristais de gelo, congelando máscaras e comprometendo a visibilidade, o que tornou a escalada extremamente perigosa.
“Diversos alpinistas recuaram na mesma madrugada. No caminho, encontraram com um grupo mais experiente que ainda mantinha o plano de seguir até o cume. Mais adiante, com as cordas fixas cobertas de neve, o grupo percebeu que insistir seria um erro fatal. Com o agravamento do tempo, a decisão foi tomada, todos deveriam descer. Mesmo com cilindros extras de oxigênio e boa aclimatação, insistir significaria correr riscos desnecessários. Durante a descida, foi possível ver diversos alpinistas experientes também recuando. A montanha impôs seus limites e respeitá-los fez toda a diferença”, explicam.
Caso as condições climáticas tivessem se agravado ainda mais nessa expedição, os equipamentos da Globalsat Group teriam sido essenciais, tanto pelo GPS e a comunicação em tempo real, como pela possibilidade de acionar o botão de pânico, um sistema de segurança que dispara um sinal de alerta à central de monitoramento dos participantes, em casos de emergência.

Para garantir comunicação contínua e segurança em tempo real, a Globalsat Group forneceu aos alpinistas dispositivos como o Iridium Extreme e o Spot Gen4, essenciais para ambientes com infraestrutura limitada ou inexistente, em locais remotos. “Em uma missão tão extrema como essa, manter os alpinistas conectados é vital. Não poderíamos deixar de apoiá-los nessa importante iniciativa e os nossos equipamentos permitiram a comunicação por voz e dados, além do rastreamento constante deles ao longo das semanas”, explica Flávio Franklin, diretor da Globalsat Group no Brasil.

O executivo destaca ainda que a tecnologia satelital da empresa inclui telefonia, GPS e banda larga portátil, garantindo conectividade mesmo em altitudes elevadas e regiões inóspitas. “Com isso, a equipe de alpinistas pôde compartilhar momentos da jornada em tempo real, registrar os desafios enfrentados e tomar decisões estratégicas com base nas condições climáticas, sempre com o respaldo de uma comunicação confiável. Nossos equipamentos permitem que as pessoas se mantenham conectadas com o mundo, registrando cada passo com segurança”, completa Franklin.
As imagens da expedição farão parte do livro “Dois sonhos e uma montanha – Everest”, organizado pelo fotógrafo Haroldo Nogueira, especializado em expedições de montanhismo, com previsão de lançamento para 2026. Nogueira esteve na região em novembro de 2024, também com apoio da Globalsat, e capturou paisagens impressionantes do Himalaia, desde o Vale de Katmandu até o acampamento-base do Everest. O projeto visa documentar ainda o impacto do aquecimento global e o crescimento do turismo na região, além de retratar a vida dos sherpas, guias locais que enfrentam duras condições para apoiar expedições de todo o mundo.
Com diversas ascensões em montanhas ao redor do mundo, Eduardo Cotrim é uma referência no montanhismo brasileiro. Reconhecido por sua habilidade técnica, vasta experiência e paixão pela montanha, inspira todos ao seu redor com sua dedicação e trajetória sólida no esporte.
Dudu já participou de três expedições ao Aconcágua, realizou duas escaladas no Elbrus, guiou os principais vulcões do Equador em três ocasiões e ministrou três cursos de escalada em gelo. Morador de Itatiaia, no Rio de Janeiro (RJ), está em contato constante com o ambiente de montanha, aprofundando diariamente sua vivência e conhecimento.
Já o mineiro Leonardo Alves Pena é engenheiro de processos, executivo em uma multinacional e um apaixonado pelas montanhas. Sua conexão com a escalada começou ainda na década de 1990, nas rochas, e se transformou em uma busca constante por desafios em altitude, culturas únicas e paisagens inesquecíveis.
Desde 2008, Léo vem trilhando uma trajetória sólida no montanhismo sul-americano, com passagens por montanhas no Peru, Bolívia e Equador. Em 2022, alcançou os Himalaias pela primeira vez. Pouco depois, viveu uma das experiências mais marcantes de sua jornada ao escalar o Íssyk-Kul (ex-Pico Lênin), na Ásia Central, uma vivência transformadora pelo contraste cultural e pelo estilo técnico da montanha.