Os festejos juninos no Ceará, incluindo a capital Fortaleza, movimentam cerca de R$ 130 milhões por temporada, gerando oito mil postos de trabalho diretos e indiretos, segundo dados da Federação das Quadrilhas Juninas do Ceará (Fequajuce). Cerca de 30% dessa movimentação financeira está concentrada em Fortaleza. A economia local se aquece com as celebrações tradicionais, que impactam diversos segmentos, como costura, chapéus, transporte, montagem de estruturas e gastronomia.

De acordo com a Fequajuce, o movimento junino abrange não apenas as quadrilhas, mas também o setor alimentício e de shows musicais. Atualmente, existem aproximadamente 400 grupos de quadrilha no estado, realizando cerca de 350 festivais durante as comemorações. Os orçamentos das quadrilhas variam significativamente, de R$ 50 mil a R$ 500 mil, dependendo da produção e do número de participantes, conhecidos como brincantes.

O figurino é um dos maiores investimentos para os brincantes, que em 2019 tiveram que desembolsar R$ 3 mil para a indumentária, marcada pelo brilho e desenhos que remetem à temática de cada quadrilha. Esse custo é pago pelos próprios integrantes, cuja quantidade de pares influencia diretamente no gasto com o figurino e transporte.
Os festejos juninos são, portanto, um período de grande importância econômica para o Ceará. Eles não apenas mantêm viva a tradição cultural, mas também impulsionam a economia local, garantindo emprego e renda para milhares de pessoas. A concentração de 30% da movimentação financeira em Fortaleza destaca o papel central da capital nas celebrações, reafirmando a relevância das festas juninas para o estado.