O período de férias escolares oferece uma oportunidade única para crianças e adolescentes cultivarem o hábito da leitura, transformando o tempo livre em aventuras enriquecedoras. Especialistas apontam que ler não apenas mantém o cérebro ativo, mas também desenvolve a imaginação, amplia o vocabulário e estimula a empatia.

“A leitura permite que o leitor vivencie diferentes perspectivas, contribuindo para um entendimento mais profundo das relações humanas e da sociedade”, afirma Joseli Folmer, bibliotecária do Colégio Marista São Luís, no Rio Grande do Sul. A prática também melhora a memória e pode até ajudar a reduzir problemas de comportamento, tornando-se uma ferramenta valiosa para o crescimento pessoal.
Mas como fazer com que crianças e adolescentes escolham os livros em vez das telas? Thaís Lopes da Rosa, pedagoga e contadora de histórias, sugere que a leitura seja encarada como um lazer, sem cobranças ou prazos. Ela também reforça a importância de experiências interativas, como visitas a bibliotecas e livrarias, ou até mesmo trocas de indicações entre amigos e familiares. “Ferramentas digitais podem ser grandes aliadas para despertar o interesse inicial”, comenta.
Dicas de leitura por faixa etária
Até 7 anos: Histórias como Monstro Rosa, de Olga de Dios, ensinam sobre aceitação e felicidade, enquanto O Monstro das Cores, de Anna Llenas, ajuda a compreender emoções.
De 8 a 10 anos: Enquanto Ana Espera, de Fernanda Witwytzky, fala sobre paciência e gratidão, enquanto Meu Dia de Sorte, de Keiko Kasza, mistura humor e lições de vida.
De 10 a 15 anos: Clássicos como Harry Potter e As Crônicas de Nárnia dividem espaço com obras reflexivas como Mafalda, de Quino, e O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo, de Charlie Mackesy.
A partir de 15 anos: Extraordinário, de R. J. Palacio, inspira com sua narrativa inclusiva, enquanto Poesia que Transforma, de Bráulio Bessa, homenageia a força das palavras.
Especialistas destacam que essas obras não apenas entretêm, mas também contribuem para o desenvolvimento emocional e intelectual. Entre livros e histórias, as férias podem se tornar um portal para mundos incríveis, conectando os jovens leitores a novas ideias e experiências.