O mundo das artes está com os olhos voltados para o 77º Festival Anual de Cinema de Cannes, na França. E neste foco está a jornalista Erika Abreu, que entrevistou o cineasta Karim Ainouz e o ator Fábio Assunção, concorrentes ao prêmio de maior prestígio do Festival, a ‘Palma de Ouro’.

Dos efeitos especiais de ‘Megalopolis’, à crítica do culto a beleza de ‘A Substância’, e até a história de um líder de um cartel mexicano que quer mudar de sexo e começar uma nova vida em ‘Emília Pérez’. A lista de filmes concorrendo à Palma de Ouro no Festival de Cannes este ano aborda os mais variados temas. E o Brasil também está na competição com ‘Motel Destino’, de Karim Aïnöuz.

A jornalista brasileira que acompanha o festival, Erika Abreu, conversou com o cineasta, que há 20 anos marca presença com suas produções como ‘Madame Satã’ e ‘A Vida Invisível de Eurídice Gusmão’, e agora retorna com ‘Motel Destino’.

“O cineasta já é figura conhecida no Festival de Cannes. Em 2023, o seu primeiro filme em inglês foi selecionado para a mostra principal e ele falou sobre a diferença entre dirigir um filme em inglês e dirigir um filme em português”, conta Érika sobre a entrevista com Karim.

Créditos: RedeTV!
Motel Destino foi rodado no nordeste do Brasil e traz no elenco talentos locais como os cearenses Nataly Rocha e Iago Xavier. Mas o destaque vai para o experiente ator Fábio Assunção, que passou 65 dias filmando a produção no Ceará e também falou com Érika sobre essa nova produção.
“Fábio Assunção falou sobre qual a importância para o cinema nacional de estar com filme concorrendo a uma Palma de Ouro”, diz Erika.
A última vez que o Brasil ganhou o prêmio máximo de Cannes foi há 60 anos com o filme ‘O Pagador de Promessas’. Érika conta que Fábio Assunção está em contagem regressiva para saber se este ano o cinema nacional repete o feito. “O Fábio falou sobre a expectativa de Motel Destino ganhar a Palma de Ouro”, conta a jornalista.
Erika destaca que como o Brasil está há décadas sem levar o prêmio principal do Festival, o cineasta Karim Aïnöuz afirmou que seu filme busca resgatar o apreço pelo cinema nacional. “Ele disse que o filme retrata uma realidade dura do Brasil através de um jeito de contar sem ser duro. É um suspense policial erótico que fala de questões centrais como feminicídio, exclusão social, poder patriarcal tóxico, que seduz o público e o estimula a ver mais do cinema brasileiro”, pontua a brasileira que segue acompanhando os últimos momentos do Festival de Cannes.
Apenas no dia 25 de maio o público irá descobrir qual filme vai ganhar a cobiçada Palma de ouro do Festival de Cannes deste ano.