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Analice Nicolau
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Equilíbrio entre corpo e mente: a abordagem integral da Dra. Carla Ferreira para uma vida saudável e longeva

Dra. Carla Ferreira une endocrinologia e nutrologia para promover saúde plena, destacando a importância de hábitos saudáveis, equilíbrio hormonal e bem-estar emocional

Analice Nicolau

08/08/2025 16h30

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Dra. Carla defende o conceito de “alimentação inteligente”: escolhas conscientes e equilibradas proporcionam uma relação saudável com a comida.

Quando se trata de saúde, o que vem primeiro à sua mente? O que está em suas mãos para lhe ajudar a ter uma vida mais saudável, plena e longa? Talvez a alimentação esteja dentre as respostas a essa pergunta. E é por isso que contar com o conhecimento de uma médica que une endocrinologia e nutrologia podem nos ajudar a compreender melhor nosso metabolismo e nossa saúde hormonal.

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A médica alerta sobre os desequilíbrios hormonais, que podem afetar o bem-estar físico e psicológico

Dra. Carla Ferreira é uma médica especializada em endocrinologia, nutrologia e ciências da longevidade. Com uma grande paixão por estudar e cuidar das pessoas, ela se dedicou a áreas que têm o poder de transformar vidas. Sua carreira é caracterizada por uma enorme dedicação e amor pela medicina. Ela não se limita apenas a cuidar da saúde física dos pacientes, mas também se preocupa com o bem-estar emocional deles. Para Dra. Carla, viver de forma plena é encontrar um equilíbrio saudável entre corpo e mente, e é exatamente isso que ela busca proporcionar em cada consulta.

Ela explica que a endocrinologia foca no diagnóstico e tratamento de distúrbios hormonais, enquanto a nutrologia se concentra na relação entre os déficits nutricionais e que envolvem deficiência de vitaminas e minerais na saúde. Juntas, elas podem oferecer uma abordagem integrada para condições como obesidade, diabetes e distúrbios metabólicos, promovendo um tratamento mais eficaz e personalizado para o paciente.

Questionada sobre a medicina integrativa, Dra. Carla destaca que se trata de uma abordagem que valoriza a prevenção de doenças e o bem-estar geral, sem dividir o ser humano em partes distintas. “Hoje temos especialistas em tudo, o que é bom por alguns aspectos específicos, porém perde-se o foco no todo, em ver o ser humano de forma integral. Minha visão é que ela pode ser muito benéfica, pois promove hábitos saudáveis e ajuda na identificação precoce de fatores de risco, o que pode reduzir a incidência de doenças crônicas. Além disso, ao tratar o paciente de forma holística, a medicina integrativa pode melhorar a qualidade de vida e o equilíbrio físico e emocional, promovendo saúde integral da pessoa”.

Na visão da nutróloga, mudar a cultura alimentar dos brasileiros requer uma abordagem multifacetada, que inclua educação nutricional, promoção de hábitos alimentares saudáveis e políticas públicas que incentivem o acesso a alimentos frescos e nutritivos. “A conscientização sobre os impactos dos alimentos ricos em açúcar, glúten, conservantes e gorduras ‘ruins’ na saúde é essencial. Além disso, é importante valorizar a diversidade da culinária brasileira, incentivando o uso de ingredientes locais e naturais”. E menciona a chamada “alimentação inteligente”, que se refere a escolhas alimentares conscientes e equilibradas, que priorizam nutrientes essenciais e respeitam as necessidades individuais de cada pessoa. “Isso inclui a ingestão de uma variedade de alimentos, controle de porções e atenção aos sinais de fome e saciedade, promovendo assim uma relação saudável com a comida. Costumo dizer: Descasque mais e desembale menos”.

A ligação entre corpo, mente e espírito para o bem-estar holístico
Quando esses aspectos estão em harmonia, defende Carla, é mais provável que uma pessoa experimente saúde física, equilíbrio emocional e satisfação espiritual. “O corpo se beneficia de cuidados físicos e nutrição adequada, a mente prospera com estímulos cognitivos e descanso, e o espírito se nutre de propósito e conexão. Integrar práticas que atendam a cada um desses aspectos, como exercícios físicos, meditação ou atividades espirituais, podem promover uma vida mais equilibrada, saudável e longeva”.

Maternidade, educação, alimentação e postura diante da vida
Dra. Carla é também a mãe da Lorena e do Gabriel e fala sobre os desafios para educar as crianças em relação à alimentação de qualidade e postura diante da vida, considerando tanta informação que recebem nas redes sociais. “Educar crianças pode ser desafiador, especialmente com a influência das redes e da inteligência artificial. Um dos principais desafios é filtrar a informação a que eles têm acesso, garantindo que recebam conteúdo confiável e adequado à idade. É importante ensinar pensamento crítico, para que possam avaliar a veracidade das informações que encontram”. Em relação à alimentação, a nutróloga sugere envolver as crianças no processo de escolha e preparo dos alimentos, no intuito de despertar interesse por opções mais saudáveis. “Criar um ambiente familiar que valorize hábitos saudáveis e diálogo aberto sobre o impacto das escolhas alimentares e de vida é fundamental”.

Ainda sobre a educação visando a postura diante da vida, Carla considera importante incentivar valores como resiliência, empatia e responsabilidade. “Modelar esses comportamentos no dia a dia e promover atividades que estimulem a criatividade e a resolução de problemas são estratégias eficazes. Na minha opinião, ser exemplo é fundamental, pelo menos na experiencia em minha família funcionou muito. Nossos filhos em grande parte do tempo reproduzem o que fazemos, por isso avaliar seus hábitos é fundamental”.

Jejum intermitente
O jejum intermitente tem ganhado popularidade como estratégia de emagrecimento e desinflamação do corpo. Segundo a médica, algumas pesquisas sugerem que ele pode ajudar na perda de peso, melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir marcadores de inflamação. No entanto, os resultados podem variar de pessoa para pessoa, e é importante considerar fatores individuais, como saúde geral e estilo de vida. “Antes de iniciar o jejum intermitente, é aconselhável consultar um profissional de saúde para garantir que essa prática seja segura e adequada para suas necessidades específicas. Além disso, é fundamental manter uma alimentação equilibrada e nutritiva durante os períodos de alimentação para obter os melhores resultados. Nem tudo é para todo mundo, precisamos individualizar e personalizar os tratamentos e as pessoas”, pontua.

Hormônios e bem-estar físico e psicológico
Dra. Carla esclarece que os hormônios regulam diversas funções corporais, incluindo o humor, o metabolismo, o sono e a resposta ao estresse. Sabe-se que desequilíbrios hormonais podem afetar significativamente o bem-estar, contribuindo para problemas como fadiga, alterações de humor e distúrbios do sono. Inclusive a depressão pode estar relacionada a desequilíbrios hormonais. “Por exemplo, alterações nos níveis de serotonina, dopamina e cortisol podem influenciar o humor e contribuir para o desenvolvimento de depressão. Além disso, condições hormonais específicas, como hipotireoidismo ou síndrome dos ovários policísticos, também podem impactar o estado emocional”. Ela lembra que é importante buscar orientação médica para avaliar possíveis desequilíbrios hormonais e receber o tratamento adequado, se necessário.

Reposição hormonal
A reposição hormonal, conforme a médica, é geralmente indicada em casos em que há deficiência hormonal significativa, como na menopausa, andropausa ou em condições como hipogonadismo. Também pode ser considerada em situações de desequilíbrio hormonal que afetam a qualidade de vida, como sintomas intensos de menopausa ou baixos níveis de testosterona. Ela esclarece que os implantes hormonais são uma forma de terapia de reposição hormonal que oferece algumas vantagens, como a liberação contínua e controlada de hormônios, o que pode proporcionar níveis mais estáveis no organismo, além da praticidade se comparada a outras vias, como gel transdérmico ou aplicações intramusculares. “Isso pode resultar em uma redução dos sintomas associados a desequilíbrios hormonais, melhorias no humor, aumento de energia e até benefícios para a saúde óssea”. No entanto, alerta, “a terapia de reposição hormonal, incluindo implantes, deve ser cuidadosamente avaliada por um profissional médico para garantir que é apropriada para o indivíduo, considerando os possíveis riscos e benefícios”.

A musculação e o bem-estar psicológico
Dra. Carla está de acordo que a musculação pode ter um impacto significativo no bem-estar psicológico, além dos benefícios físicos. “A prática regular de exercícios de resistência, como a musculação, está associada a várias melhorias na saúde mental, incluindo: redução do estresse, aumento da autoestima, melhoria do humor, qualidade do sono, função cognitiva e mente afiada”, destaca.

As canetas emagrecedoras
Segundo Dra. Carla, as “canetinhas” para emagrecimento, que geralmente se referem a medicamentos injetáveis como o Ozempic, Mounjaro e Retatrutida, têm ganhado popularidade como opções para auxiliar na perda de peso, especialmente em pessoas com obesidade ou condições relacionadas. “Esses medicamentos geralmente atuam no controle do apetite e na regulação do metabolismo. O Ozempic (semaglutida), originalmente usado para tratar diabetes tipo 2, também tem sido utilizado para perda de peso. Funciona como um agonista do receptor GLP-1, ajudando a controlar o apetite e a ingestão de alimentos; o Mounjaro (tirzepatida) é também um medicamento usado para o tratamento do diabetes tipo 2 e atua como um agonista duplo dos receptores GIP e GLP-1, o que pode oferecer benefícios adicionais na regulação do peso; enquanto que a Retatrutida é um medicamento mais recente, que está em desenvolvimento e estudos iniciais sugerem que pode ter um efeito ainda mais potente na perda de peso, atuando em múltiplos receptores hormonais para melhorar o controle do apetite e o metabolismo”, difere.

Dra. Carla destaca que, embora esses medicamentos possam ser eficazes, e aumentar o arsenal terapêutico na obesidade, é importante lembrar que eles devem ser usados sob supervisão médica e como parte de um plano abrangente de tratamento que inclui dieta e exercício. “A cultura de buscar soluções rápidas para perda de peso pode desconsiderar a importância de mudanças sustentáveis no estilo de vida, que são fundamentais para a saúde a longo prazo”.

Suplementos alimentares
Na opinião profissional da endocrinologista, o uso de suplementos alimentares pode ser benéfico para algumas pessoas, mas é importante lembrar que eles não substituem uma dieta equilibrada. “A necessidade de suplementos varia de acordo com fatores individuais, como idade, saúde, dieta e estilo de vida, além de avaliação laboratorial, que pode ser bem assertiva para identificar o que suplementar”. E sugere alguns suplementos que podem ser considerados em certas fases da vida ou condições:

  1. Vitamina D: Importante para a saúde óssea e imunológica, especialmente em pessoas com pouca exposição ao sol.
  2. Ômega-3: Beneficia a saúde cardiovascular e cerebral, encontrado em peixes gordurosos e algumas sementes.
  3. Vitamina B12: Essencial para veganos e vegetarianos, pois é encontrada principalmente em produtos de origem animal.
  4. Cálcio: Importante para a saúde óssea, especialmente em mulheres pós-menopausa.
  5. Ferro: Necessário para prevenir anemia, especialmente em mulheres com ciclo menstrual, ou pessoas com dietas restritivas.

Longevidade com conhecimento e saúde plena
O “sonho” pessoal e profissional de Carla é contribuir para o acesso e a disseminação de informações de saúde baseadas em evidências, ajudando as pessoas a tomar decisões informadas sobre seu bem-estar. Isso incluiria promover a importância de uma alimentação equilibrada, exercícios regulares, saúde mental e prevenção de doenças. Além disso, incentivar a educação contínua e a inovação na área da saúde, para que novas soluções possam ser desenvolvidas e implementadas, melhorando a qualidade de vida e a longevidade de todos. “Acredito que, ao capacitar as pessoas com conhecimento e recursos adequados, podemos avançar em direção a um futuro mais saudável e feliz para a humanidade”, finaliza.

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