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Analice Nicolau
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Entenda o poder do marketing de influência no cenário atual

Empresas apostam cada vez mais em influenciadores para alcançar públicos segmentados e gerar vendas com autenticidade

Analice Nicolau

17/07/2025 16h00

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Mateus Machry – Foto divulgação

Nos últimos anos, o marketing de influência se consolidou como uma das estratégias mais eficazes para marcas que desejam alcançar o consumidor de forma direta, confiável e relevante. Longe de se limitar ao envio de produtos a influenciadores, essa modalidade de marketing baseia-se na construção de conexões genuínas por meio de figuras que já detêm a confiança do público.

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Segundo o gestor empresarial Mateus Machry, no marketing de influência, o que está em jogo é a chamada “autoridade alugada”, ou seja, o prestígio e a credibilidade que o influenciador já conquistou são usados como ponte para aproximar o consumidor da marca. “A estratégia consiste em transferir essa confiança para gerar resultados reais, como engajamento, percepção positiva e aumento de vendas”, comenta.

O especialista reforça que é fundamental seguir algumas diretrizes, como escolher influenciadores com perfis alinhados ao público-alvo, desenvolver campanhas com objetivos claros (seja vendas, branding ou lançamentos), oferecer propostas personalizadas e mensurar os resultados obtidos com precisão.

Influência como ativo comercial

Machry lembra que investir nesse tipo de ação exige uma mudança de mentalidade por parte das empresas. O marketing de influência não pode ser tratado como ação pontual, mas sim como uma campanha comercial séria, com briefing, planejamento, storytelling e métricas definidas. O objetivo não é apenas ganhar visibilidade, mas gerar conversão e consolidar a presença da marca de forma sustentável.

O custo-benefício pode ser altíssimo, especialmente com microinfluenciadores locais, que têm uma base fiel e geram vendas com menos investimento. “Muitas vezes, eles entregam mais resultados do que grandes nomes com milhões de seguidores, justamente por manterem um vínculo mais próximo com seus seguidores”, destaca.

Tendências do setor

O futuro do marketing de influência aponta para três caminhos principais:

  • Fortalecimento dos microinfluenciadores, com perfis autênticos, engajados e de influência localizada.
  • Conteúdo mais nativo e humanizado, com foco na rotina, bastidores e uso real de produtos, sem roteiros ensaiados ou produções excessivas.
  • Valorização da influência interna, ou seja, fundadores, colaboradores e equipes assumindo papéis de porta-vozes das marcas, fortalecendo o ecossistema de autoridade de dentro para fora.

Com mais de 144 mil postagens, a #SephoraSquad, por exemplo, é uma das maiores campanhas de mídia social do Instagram. Eles lançaram esta campanha para transformar fãs em embaixadores da marca, dando aos microinfluenciadores acesso aos seus novos produtos para testar e avaliar na internet — são utilizadas campanhas de marketing de influência constantemente para interagir com um público maior e destacar a cultura da empresa.

Profissionalismo, relacionamento e o marketing que conquista pela confiança

Em tempos de excesso de informação e saturação publicitária, conquistar a atenção do consumidor requer autenticidade e conexão. Nesse cenário, o marketing de influência se mostra não apenas eficiente, mas necessário, especialmente para marcas que desejam gerar identificação e converter essa relação em resultados concretos.

Além disso, como salienta Machry, contar com uma pessoa da equipe que compreenda a linguagem dos influenciadores pode facilitar o contato e tornar o processo mais fluido, evitando uma comunicação excessivamente formal que possa travar a negociação.

De acordo com o especialista, as principais dicas para colocar o marketing de influência em prática são:

—  Não contrate pelo número de seguidores. Escolha pelo engajamento real e pela confiança do público. Peça dados, pois muitos influenciadores têm media kit com essas informações.

—   Tenha contrato e alinhamento. A maioria dos influenciadores não tem agência. Você falará diretamente com eles, então formalize entregas, defina prazos, formatos, quantidade de publicações e narrativa.

—  Crie roteiros estratégicos. Não dependa só da criatividade do influenciador. Ajude com diretrizes, contexto do produto e chamadas para ação. A campanha deve unir o conhecimento do empresário (sobre o produto) com o do influenciador (sobre o público).

—  Use microinfluenciadores regionais. Muitas vezes, eles convertem mais do que os grandes (têm mais conexão com a comunidade local).

—  Meça tudo. Use links rastreáveis, cupons exclusivos, landing pages separadas. Avalie não só vendas diretas, mas também percepção de marca e aumento de seguidores ou buscas.

— Relacione, não explore. Trate o influenciador como parceiro, não como funcionário ou vendedor terceirizado. Isso mantém a criatividade e entrega. O ideal é enxergá-los como parceiros estratégicos, alinhando expectativas por meio de contratos claros, cronogramas definidos e liberdade criativa.

—   Ter alguém responsável pelo contato com os influenciadores, que entenda sua linguagem, também facilita o processo. A comunicação precisa ser leve e humana.

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