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Analice Nicolau
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Engenheiro cuiabano entra para três sociedades de alto QI e revela como essa capacidade influencia sua vida e carreira

Com 144 pontos em testes padronizados, Rodolfo Salles fala sobre os desafios e os mitos de ter um raciocínio acima da média e como isso impacta seu trabalho na área de inteligência e crimes cibernéticos

Analice Nicolau

22/08/2025 9h00

Atualizada 23/08/2025 8h22

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O engenheiro compartilha como sua capacidade cognitiva moldou sua carreira e vida pessoal. (Foto: divulgação)

Rodolfo Salles, engenheiro civil e analista de inteligência do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, acaba de ser aceito como membro da Intertel, da IIS Society e da Mensa Brasil – três das mais importantes sociedades de alto QI do mundo.

Para fazer parte desses grupos, é necessário estar entre os 1% da população mundial com maior desempenho cognitivo e Rodolfo atingiu 144 pontos em testes padronizados.

Mas a decisão de fazer um teste de QI não surgiu do nada, Rodolfo conta que sempre teve uma inclinação para buscar soluções criativas no trabalho.

“Fui recrutado para a área de inteligência logo no início da carreira e, desde então, procurei melhorar a execução das atividades diárias. Desenvolvi ferramentas que se tornaram modelo para outras agências e cheguei a receber prêmios, como o Inovar para Transformar, promovido pelo governo do Estado de Mato Grosso. Depois disso, alguns colegas me perguntaram se eu já tinha feito teste de QI. Achei que seria interessante, por curiosidade e para me conhecer melhor”, explica.

Sinais de altas habilidades desde a faculdade

Apesar da facilidade com números e ciências exatas, Rodolfo revela que o caminho não foi simples.

“Na faculdade de engenharia, eu percebia que tinha uma forma diferente de raciocinar, mas minha maior dificuldade era no convívio social. Cheguei a iniciar cursos como Direito, Administração e Publicidade, mas não consegui concluir por causa das exigências de interação, como apresentações em público. Foi só na engenharia que me encontrei”, diz.

Desafios de uma mente acelerada

Para quem acredita que um QI elevado torna a vida mais fácil, Rodolfo alerta que existem desafios que muitas pessoas acreditam que não existem em uma pessoa com Alto QI:

“Esse é um mito. As coisas não são mais fáceis e não existem atalhos. Em muitos contextos, principalmente no trabalho, a introspecção pode ser interpretada de maneira errada”.

“Além disso, a mente trabalha em alta velocidade e isso pode ser cansativo. Gosto de estudar assuntos relevantes, ler artigos sobre tecnologia, geopolítica e projetos pessoais. Para desligar, só dormindo, e mesmo assim, nos minutos antes de adormecer, minha cabeça está cheia de ideias”.

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O profissional de Mato Grosso fala sobre os desafios de uma mente acelerada. (Foto: divulgação)
Da inteligência para a prática: o caso RDX

Essa capacidade analítica foi fundamental no desenvolvimento do RDX, um Sistema de Denúncias, premiado e adotado pelo Governo do Estado. A ferramenta foi criada para reduzir a perda de oportunidades em operações de inteligência, especialmente em casos de tráfico.

“Desenvolvi um sistema que acessava de maneira segura o banco de dados, mapeava zonas de maior risco e aplicava filtros para horários e tipos de crime. Isso facilitou a tomada de decisão e aumentou a eficiência. Depois, adaptamos a ferramenta para centralizar denúncias de crimes eleitorais, usando dados do TSE. Foi um divisor de águas”, afirma Rodolfo Salles.

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