O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), participou nesta segunda-feira (20) de uma edição especial do programa Roda Viva da TV Cultura, o programa foi até Porto Alegre para entrevistar Eduardo Leite sobre as questões relacionadas à tragédia no estado e para discutir as enchentes que assolaram o estado e as medidas tomadas pelo governo para auxiliar as vítimas.

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Em resposta ao questionamento da jornalista Kelly Matos, apresentadora da Rádio Gaúcha, Eduardo Leite reconheceu que sua declaração sobre ter “outras agendas” em meio à crise climática pode ter sido mal interpretada. “Talvez há culpa de não ter me expressado bem”, disse o governador. “Mas que fique claro, nós temos uma série de pautas com as quais o governo tem que lidar. A do meio ambiente, sem dúvida nenhuma, uma importantíssima, sobre a qual o governo também atua”, explicou Eduardo.

“Agradeço inclusive essa pergunta Kelly, porque dá a oportunidade de esclarecer”, disse o governador. “Em função, em virtude inclusive da gente ter no mundo das redes sociais… Eu digo que fake news não é só mentir deliberadamente, faz parte das fake news também e da desinformação, as manchetes e os recortes que se fazem para as redes sociais para se conseguir cliques, curtidas, compartilhamentos que mobilizam nas redes. Talvez a culpa de eu não ter me expressado bem”, justificou o político.

Eduardo citou como exemplos de investimentos a compra de um helicóptero para o Corpo de Bombeiros, novas embarcações e jet skis, além da contratação de um novo serviço de radar meteorológico e a construção de modelos hidrodinâmicos para monitorar o comportamento dos rios.
“A gente conseguiu comprar um helicóptero para o Corpo de Bombeiros, que não tinha até então helicóptero, que salvou vidas agora, nesse momento, e que está levando alimentos, que está transportando pacientes e que o estado não tinha. A gente conseguiu comprar novas embarcações, compramos os jet skis que disseram tanto que não estavam em campo e que estavam lá sendo utilizados para resgatar pessoas, animais, entre outros, que foram a campo porque nós compramos e investimos”, justificou Leite.
O governador também ressaltou que o estado não tinha condições de investir em infraestrutura antes de colocar os salários dos servidores em dia. “Lembrem todos que o Rio Grande do Sul era até três anos atrás um estado que atrasava salários dos servidores, estes heróis que nós vemos da defesa civil, os bombeiros, os policiais, todos que entram em campo para salvar as pessoas, há três anos estavam recebendo os seus salários atrasados. O 13º era pago no ano seguinte, parcelado”, explicou.
“Três anos já era seu governo, ainda no meio do seu governo e isso ainda perdurou”, pontuou a apresentadora Vera Magalhães. “Porque no início do nosso governo já tinha dois ou três anos de atraso e a gente levou ainda mais dois anos para conseguir colocar os salários em dia”, justrificou o governador.
O governador reconheceu a complexidade da implementação dos modelos hidrodinâmicos, mas garantiu que o governo está trabalhando para agilizar o processo e oferecer uma ferramenta crucial para a prevenção de enchentes no estado. “Também determinei para a nossa equipe que perseguisse essa meta de termos os modelos hidrodinâmicos, do comportamento dos rios. Só que a contratação não é simples, porque não é simplesmente algo que você vai na prateleira e contrata esse serviço”, pontuou.