No último domingo (8), Eduardo F. Filho viveu um momento que ele mesmo descreveu como “abençoado e surreal”. O jovem jornalista, de 27 anos, lançou seu primeiro grande livro de suspense, “A Irmandade”, na Bienal do Livro de São Paulo – que começou dia 6 e segue até o dia 15 de setembro. O evento superou todas as expectativas, e o estoque de livros foi esgotado durante a sessão de autógrafos, que precisou ser estendida devido à grande fila de leitores que aguardavam para garantir uma cópia autografada.

“Eu nunca imaginei que a gente conseguiria esgotar o livro na Bienal, ainda mais em um único dia, e justamente durante a sessão de autógrafos”, contou Eduardo. Inicialmente prevista para durar das 14h às 15h, a sessão precisou ser prolongada em mais de uma hora para atender a todos os presentes. “A fila estava enorme, foi uma coisa de outro mundo. Tivemos que estender a sessão para garantir que todos fossem atendidos”, relatou.

O público que compareceu ao evento incluiu uma mistura de familiares, amigos e fãs que acompanham Eduardo em suas redes sociais, especialmente no TikTok, onde o autor compartilha experiências e curiosidades sobre temas de mistério e suspense. “Foi muito especial poder conhecer pessoalmente alguns dos meus seguidores do TikTok, gente que me apoia desde o início dessa jornada”, destacou.



O momento mais emocionante do dia, segundo o autor, foi quando a última pessoa da fila conseguiu pegar o último exemplar disponível. “Quando a última pessoa da fila pegou o último livro, a editora me informou que não havia mais nenhum em estoque. Foi um sentimento incrível! Comemoramos ali mesmo. Eu pensei: ‘Meu Deus, vendemos tudo!’ Foi realmente um dia abençoado”, disse Eduardo.
No final do evento da Bienal, Eduardo compartilhou sua gratidão por todos que estiveram presentes. “Foi um momento muito especial. A Bienal sempre foi um evento importante para mim e para minha família, mas desta vez, estar do outro lado, como autor, foi uma experiência única”, comentou.

Sobre o livro “A Irmandade”
A obra A Irmandade levou cinco anos para ser concluída, e Eduardo considera o livro uma mistura de ficção com suas vivências como jornalista. O ponto de partida para a criação da trama surgiu durante uma cobertura jornalística que o autor fez na clínica onde Andreas Von Richtofen estava internado. Após ser ameaçado por seguranças, Eduardo decidiu que iria transformar aquela experiência em um livro. A ideia resultou na construção de uma narrativa instigante, que mistura investigação criminal e mistério.
Ao longo desses cinco anos de desenvolvimento, Eduardo investiu em pesquisas detalhadas para garantir o realismo em diversas partes da trama. Um dos exemplos, é o uso do teste de Rorschach em um trecho fundamental da história, para o qual o autor consultou psicólogos e psiquiatras, que validaram a representação feita por ele. Além disso, uma cena de tribunal foi revisada por um jurista, garantindo que a descrição dos procedimentos legais fosse precisa e realista.
O livro, que inicialmente tinha mais de 500 páginas em sua primeira versão, passou por revisões rigorosas, e a versão final ficou com cerca de 325 páginas. Eduardo compartilhou que precisou cortar personagens e capítulos para tornar a narrativa mais ágil, sem comprometer a essência da história. “Eu já sabia o final da trama desde o início, mas o enredo foi se construindo aos poucos, à medida que eu escrevia”, revelou o autor.
Embora Eduardo tenha consolidado sua carreira como jornalista, ele vê a escrita literária como um refúgio e uma forma de terapia. Para ele, a literatura sempre foi um espaço para expressar suas ideias de forma criativa, sem as limitações do trabalho cotidiano. “Escrever é uma terapia para mim. Mesmo depois de um longo dia de trabalho escrevendo como jornalista, ainda encontro energia para trabalhar nos meus livros”, afirmou.
Essa paixão pela escrita nasceu cedo. Aos 13 anos, Eduardo escreveu e publicou seu primeiro livro, “Cidade Fantasma”, uma breve história de 50 páginas que ainda está à venda. O autor confessa que revisitou a obra recentemente e percebeu o quanto evoluiu como escritor desde então. “Foi importante reler meu primeiro trabalho. A escrita era muito mais objetiva e simples, e foi gratificante ver o quanto amadureci ao longo dos anos”, refletiu.
Com o sucesso de A Irmandade, Eduardo já começou a trabalhar em seu segundo livro, que promete seguir a linha do suspense, mas com elementos de romance. Ele revela que este próximo projeto está em fase inicial, mas já tem uma visão clara de como a história irá se desenvolver.
Detalhes do livro:
Título: A Irmandade
Editora: Cabana Vermelha
Páginas: 325
ISBN: 978-65-6055-123-7
Capa simples
Dimensões: 16 x 23
Onde comprar: aqui
Código da editora: HH8X4C5WG