O Ecofestival do Café da Serra dos Morgados reuniu especialistas e apaixonados pela bebida entre os dias 12 e 15 de julho em Jaguari, na Bahia.
Uma das atrações do evento foi a parada na casa de farinha, onde o público acompanhou parte do processo artesanal da mandioca e desfrutou da tapioca recheada com licuri feita na hora. Os participantes também estiveram na inauguração do galpão de pedra da Fazenda Cachoeira, local onde foi realizada a abertura oficial do evento com a exibição do documentário A História do Café de Serra dos Morgados.
. A solenidade de abertura reuniu produtores, especialistas em café, empresários, estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte do Itapicuru, do município de Jaguarari, Bahia, representantes do Senar, do Sebrae, do Cesol, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, da Universidade Estadual da Bahia, de instituições financeiras e autoridades políticas, a exemplo do Secretário de Desenvolvimento Rural do Governo do Estado da Bahia, Osni Cardoso. “Nós vamos fazer até 2027 um investimento de 4 bilhões de reais na agricultura familiar e agrofloresta. Nós estamos ensaiando o que fazer de agora em diante, porque é algo novo, mas já com um time planejando tudo para melhor aplicar esses recursos”, disse Osni Cardoso.
O público também conheceu especialistas e palestrantes como o campeão brasileiro de torra de café, Túlio Fernando e a barista, bartender, cientista política e vice-campeã brasileira de drinks, Mariana Mesquita, e ainda ouviu uma breve palestra do criador da Rede Biocultural do Paraguai, Amado Insfrán Órtiz. “O café não é só o processo de produção, café é cultura, é fusão de gastronomia, de artesanato, de família, de amigos, é saúde coletiva”, ressaltou o representante da Solaeh (Sociedade Latino-americana de Ecologia Humana).
Cabe destacar que, além de Amado, que é do Paraguai, a Serra dos Morgados recebeu visitantes do Brasil, México, Bolívia, Venezuela, Argentina, Espanha e Inglaterra. Eles puderam ainda curtir um momento único com o projeto Ópera-Café, que trouxe a cantora lírica, Ingrid Torres e o pianista, Carlos Hiury, para uma apresentação emocionante. Na programação também foi realizado o Café Literovisual com artistas da região da Serra.
A culinária também foi destaque com a inauguração da Cozinha Ancestral Flor da Jurema, da chef Juci Melo, um lugar cheio de significado, onde foi realizado o Café Teatro com os atores Márcia Galvão e Paulo Henrique Melo Reis, que apresentaram a cena um, de ‘A Cantora Careca’, espetáculo criado a partir do texto clássico de Eugène Lonesco, autor romeno cuja obra integra a corrente dramatúrgica conhecida como Teatro do Absurdo.
O público participou também de uma trilha ecológica de 4 horas para conhecer nascentes e cachoeiras da região, em ação coordenada por Robson Marques, do IF Sertão Baiano, Raquel Cantídio, arquiteta e moradora da Serra, e João Rubem, produtor de café da Serra. A fotógrafa profissional Rosângela Sá, veio de Petrolina Pernambuco com a filha Elena para curtir a programação.
No último dia do evento, o público vivenciou uma aula de yoga ministrada pelos instrutores João Borges e Raphael Barbosa antes da abertura oficial com a oficina de preparação de drinks com café pela vice-campeã do Coffee in Good Spirits, barista e cientista política, Mariana Mesquita. Um dos grandes momentos foi a oficina de Preparação e Degustação de Cafés, com Renato Rodrigues e Tainã Bitencourt, produtores da Fazenda Vista Alegre, de Piatã.
Produtores de cafés e visitantes participaram por fim de uma visita à roça de café de Seo Antônio Gomes e do encerramento com uma sessão de cinema na Cozinha Ancestral Flor da Jurema, onde foram exibidos os documentários Maria e As Miçangas, do premiado cineasta Emanuel Lavor.
