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Analice Nicolau
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Crescimento do mercado de imóveis em leilão atrai novos perfis de investidores

Entre os principais conceitos está a distinção entre leilões extrajudiciais e judiciais

Analice Nicolau

29/08/2025 13h00

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Isabella Peracchi

O Brasil vive um aumento expressivo no número de imóveis levados a leilão. Apenas em 2024, a Caixa Econômica Federal colocou 47 mil unidades à venda, frente a 26 mil em 2023 e 9 mil em 2022. O movimento, impulsionado pela inadimplência e pela alta dos juros, transformou os leilões em um mercado bilionário que atrai investidores em busca de valorização e segurança.

Para a especialista Isabella Peracchi, o conhecimento técnico é o que diferencia um lance comum de um bom investimento. Com mais de uma década de experiência em arremates, regularização e valorização de imóveis, ela destaca que não existe “desconto sem contexto”. É preciso analisar a origem do bem, a legislação aplicável e o tempo necessário para obter retorno líquido.

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Para a especialista Isabella Peracchi, o conhecimento técnico é o que diferencia um lance comum de um bom investimento

Entre os principais conceitos está a distinção entre leilões extrajudiciais e judiciais. Nos extrajudiciais, realizados por bancos após a inadimplência, a Lei nº 9.514/97 prevê dois leilões, permitindo descontos de até 50%. Já os judiciais envolvem decisões do Poder Judiciário e, muitas vezes, editais com valores abaixo do mercado.

O investidor deve avaliar cada etapa: edital, matrícula, dívidas como IPTU e condomínio e riscos jurídicos. “O profissional enxerga todo o ciclo: compra, regularização, eventual reforma e monetização, seja por venda ou locação”, afirma Isabella.

Outro atrativo é o parcelamento. Muitos editais aceitam entrada de 25% a 30% e saldo em até 30 vezes, sem juros. Há ainda leilões extrajudiciais que permitem financiamento de até 95% do valor. Esse modelo tem atraído empresários, profissionais liberais e executivos interessados em diversificar sem comprometer o caixa.

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Isabella ressalta que os leilões também têm impacto econômico positivo, pois recolocam ativos no mercado, devolvem liquidez ao sistema e ajudam a reduzir o custo do crédito imobiliário

“O arrematante é um agente de renovação. Sem ele, o financiamento seria mais caro e o acesso à moradia mais restrito”, afirma Isabella.

A especialista ainda destaca a versatilidade do setor, que atende tanto a quem busca renda recorrente quanto a quem deseja adquirir um imóvel próprio ou de lazer. Também é opção para operações rápidas de revenda. “Trata-se de uma oportunidade segura e adaptável a diferentes perfis, do investidor experiente ao aposentado que busca uma atividade rentável”, conclui.

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