Imagine um equipamento que transforma resíduos alimentares em efluente comum, num processo 100% natural e automatizado. A solução existe e foi desenvolvida pela companhia brasileira de gestão de resíduos Eco Circuito: trata-se do Biodigestor ECO-PRO (processador de resíduos orgânicos), que está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
A empresa brasileira, criada há dez anos, é pioneira no fornecimento de biodigestores aeróbios. O Biodigestor ECO-PRO faz a prevenção e destinação carbono-neutro de resíduos de alimentos para cozinhas profissionais e edificações comerciais em todo o Brasil.
Seguindo uma agenda ESG, e em linha com as tendências da cozinha 4.0, a empresa traz conectividade e tecnologia para otimizar fluxos internos, cumprir normas sanitárias e assegurar um ambiente limpo e saudável, além de promover a conscientização e engajamento de equipes e lideranças na busca por um mundo mais vivo.
“O Biodigestor ECO-PRO combina automação e inteligência de dados para uma destinação sustentável de resíduos orgânicos e combate ao desperdício de alimentos. O equipamento integra automação no processamento de descartes com pesagem automática, trazendo eficiência nos controles da operação com geração de indicadores e relatórios personalizados” detalha Eduardo Prates, fundador e CEO da Eco Circuito.
Essa funcionalidade permite simplificar a destinação de resíduos e, ao mesmo tempo, identificar as causas do desperdício para promover melhorias nos processos internos de planejamento e produção de refeições. No funcionamento do biodigestor, as sobras são jogadas dentro do equipamento, que vira um “líquido”. Lá dentro vai para a caixa de gordura. Óleo e água são separados e, depois, seguem para a estação de tratamento.
O equipamento pode ser alugado ou comprado (os clientes, em sua maioria empresas de refeições coletivas, preferem a locação). As máquinas eram importadas do Vale do Silício. Porém, em 2022, a Eco Circuito passou a produzir o equipamento no Brasil e lidera iniciativas que aprimoram a tecnologia de controle de desperdício.
Além de ser compacto e não demandar grandes espaços ou adequações de infraestrutura, o equipamento é plug and play e pronto para uso. Qualquer alimento, seja cru ou cozido, incluindo frutas, folhas, legumes, proteínas, farináceos, entre outros, pode ser descartado no biodigestor. Como o processo é aeróbio, a presença de oxigênio inibe a geração de gases e odores fortes. Isso possibilita a instalação do Biodigestor ECO-PRO na área de lavagem das cozinhas ou central de resíduos.
Com ciclo operacional contínuo sem interrupções, atende a necessidade constante do descarte no empreendimento, e assim, elimina a armazenagem temporária de resíduos em outros recipientes ou câmaras frias.
Além de trazer ganhos de higienização e redução de pontos críticos no processo, a automação libera a mão de obra para outras atividades e reduz o consumo e reposição de lixeiras, sacos de lixo ou materiais de limpeza. O impacto na operação é imediato, pois traz a conscientização e engajamento dos profissionais de facilities e usuários sobre como destinar seus resíduos de forma adequada.
Importante ressaltar que, durante o fluxo de destinação dos resíduos, não sejam misturados recicláveis e orgânicos, para evitar contaminação. Em edificações com múltiplos usuários, a solução é uma ferramenta de gestão e controle de descartes, consolidando relatórios em tempo real no próprio equipamento ou na ECO-PRO Cloud, plataforma de inteligência da solução. “Por que se preocupar em separar, quando podemos não misturar?”, questiona o fundador da Eco Circuito. “É o engajamento das pessoas que garante o sucesso das iniciativas: a conscientização de que somos parte da solução, e não do problema”.
A Eco Circuito tem crescido significativamente desde sua fundação em 2015, consolidando-se como uma referência em tecnologia sustentável para a gestão de resíduos de alimentos. Hoje a empresa atua em dez estados brasileiros, triplicou sua capacidade instalada nos últimos 3 anos, expandindo sua atuação no setor de food service, hotelaria, shoppings, hospitais e indústrias, em linha com o avanço da agenda ESG e o fortalecimento das regulamentações ambientais, além da demanda por alternativas ao descarte em aterros e controle de desperdícios de alimentos.
“Empresas que adotaram o biodigestor reduziram em até 95% o volume de resíduos alimentares enviados para aterros, gerando economias significativas imediatas com custos de descarte, como coleta e transporte, armazenagem em câmaras refrigeradas, materiais como sacos de lixo e produtos de limpeza, assim como ganhos com mão de obra por meio da automação”, diz Prates.
“O alto volume de resíduos alimentares gerados diariamente e a busca pela prevenção de desperdícios, juntamente com ganhos de eficiência operacional, têm motivado a implementação da tecnologia.”
Sustentabilidade
O Brasil gera, anualmente, mais de 80 milhões de toneladas de resíduos: quase 40% vão para em lixões – depósitos irregulares e ilegais – e mais de a metade é composta por resíduo orgânico, ou seja, restos de comida e outros materiais que aumentam o impacto no efeito estufa.
Até 2030 a população mundial aumentará em 1,3 bilhão. Na medida que cresce, sobe a demanda por produtos e serviços, em especial de alimentos.
O trabalho da Eco Circuito é pautado pelo acompanhamento e monitoramento dos processos junto a clientes de diferentes segmentos como hotelaria, hospitais, centros comerciais, indústrias, unidades de ensino, entre outros, que contam com cozinhas profissionais.
Empresas de food service, de indústrias, do setor hoteleiro, por exemplo, já aderiram ao movimento por um mundo mais vivo, diretamente alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU:
11 – Reduzir o impacto ambiental em cidades pela gestão de resíduos;
12 – Reduzir o desperdício de alimentos e geração de resíduos;
13 – Aumentar a conscientização e capacidade sobre mitigação global do clima.
É possível reverter os danos causados à natureza pela gestão incorreta de nossos resíduos e planejar um futuro mais vivo, limpo e produtivo. “Estamos vivendo uma nova revolução industrial e digital abastecida por milhares de inovações para solucionar problemas antigos. Temos os recursos, a tecnologia e a determinação. Só não temos tempo a perder”, conclui Eduardo Prates.
