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Analice Nicolau
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Conheça os desafios de Aretha Duarte, primeira negra latina no cume do Everest

Dentre os desafios, Aretha teve um dos dedos congelados e quase desistiram de chegar ao topo

Analice Nicolau

04/06/2021 18h00

Aretha Duarte

Aretha Duarte

A primeira mulher negra latino-americana a chegar ao cume do Everest chegou ao Brasil nesta quinta-feira. Online, pelas redes sociais, a montanhista Aretha Duarte concedeu uma coletiva de imprensa e contou os desafios para chegar ao topo do Everest, desde dedo congelado até a quase desistência do guia.

O desafio foi além de vencer 8.848 metros na vertical e superar 15.197 quilômetros de um trajeto em uma linha horizontal. “Sair do último acampamento, com 8 mil metros de atitudes, foi extremamente difícil pra mim, fisicamente e emocionalmente. Trabalhamos de uma forma muito difícil e desafiadora, até mesmo o nosso guia, que está mais preparado, também sentiu as dificuldades, ele esfregava as mãos, até que ele pediu para voltar, por causa do frio. (…) Naquele momento, mesmo querendo seguir, aos prantos, com todas as dificuldades, conseguimos chegar ao topo. (…) Eu acredito que tudo isso foi espiritual, sobrenatural”, contou emocionada durante a coletiva.

Aos 37 anos, Aretha é a sexta brasileira a vencer o desafio de escalar os 8.848 metros do Everest. Até 2020, apenas 25 montanhistas do Brasil haviam conseguido chegar ao topo da montanha mais alta do mundo.

Aos 37 anos, Aretha é a sexta brasileira a vencer o desafio de escalar os 8.848 metros do Everest. Até 2020, apenas 25 montanhistas do Brasil haviam conseguido chegar ao topo da montanha mais alta do mundo. Até 2021, eram cinco mulheres. Nenhuma negra. Ela chegou ao cume na manhã do domingo (23), às 10h24, pelo horário nepalês (1h39 da madrugada de domingo no Brasil).

“Quero transformar essa conquista pessoal em possibilidades de inspirar as pessoas e fazer parte de um processo de mudança. Para levantar o dinheiro para essa expedição, trabalhei com reciclagem, e isso envolveu toda a comunidade em torno de uma meta que, no final das contas, é ótima para o meio ambiente. É nisso que eu acredito e vou trabalhar para isso. Já tenho um projeto de um centro de treinamento de escalada na periferia de Campinas, onde moro”, comentou Aretha, ainda no Nepal.

Nascida e criada na periferia de Campinas, Aretha é formada em educação física e acumula experiência de uma década no montanhismo e já praticou o esporte em sete países.

Ela complementou: “O Everest é uma vivência rara e eu voltei mais forte e determinada a trabalhar por mudanças sociais, por um futuro melhor. Também voltei diferente no sentido de refletir quantas coisas eu ainda posso melhorar pessoalmente.”

Nascida e criada na periferia de Campinas, Aretha é formada em educação física e acumula experiência de uma década no montanhismo e já praticou o esporte em sete países. Já escalou o Aconcágua, na Argentina (cinco vezes), o ponto mais alto fora do Himalaia, e o Monte Kilimanjaro, maior montanha da África, além Elbrus (Rússia), Monte Roraima (Venezuela), Pequeno Alpamayo (Bolívia), Vulcões (Equador), entre outros.

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