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Analice Nicolau
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Conheça Heloisa Gomez, criadora da LOI Bags, com bolsas inspiradas em criações de grandes artistas

Analice Nicolau

18/10/2024 15h30

Transformar um negócio num propósito de vida. Basicamente este foi e continua sendo o desejo de Heloisa Gomez, CEO e criadora da LOI Bags, grife de bolsas totalmente brasileira. As metas da empreendedora são audaciosas: alavancar o design brasileiro e democratizar a arte, de forma a proporcionar a oportunidade de a pessoa levar consigo uma escultura, não apenas uma bolsa.

Heloisa Gomez é artista plástica e tem 28 anos. A arte sempre fez parte da vida dela. Na infância, já adorava artesanato e fez algumas telas. Um dia viu um desfile na TV e se apaixonou. Decidiu que queria fazer moda: arte na moda. E foi estudar na Belas Artes. O TCC – trabalho de conclusão de curso – virou até notícia. Heloisa desenvolveu um tecido conceitual, uma mistura de lã com seda: uma costura com tração.

Foi um trabalho reconhecido e premiado até no exterior. A empreendedora expôs no SP Arte, ISalone Milão, Compartiarte (Centro britânico brasileiro), e Design Miami. Por conta da criação, Heloisa ganhou também uma bolsa de estudos para Artes Visuais, na mesma universidade em que se formou. Ela continuou também a fazer as telas, aproveitando o apoio de um professor. Mas as pessoas, quando demonstravam interesse nas obras, pensavam principalmente se elas se tornariam rentáveis com o passar do tempo.

Isso a desmotivou e o olhar da empreendedora que leva arte na alma falou mais alto. Heloisa se entregou à moda e optou por bolsas, já que queria comprovar que a arte pode estar à mão, que é para todos. “A arte no Brasil é algo bastante elitizado ainda. E a bolsa pode ser – e é – uma escultura. As pessoas a usam muito mais do que as roupas, por exemplo. E duram muito mais também”, diz.

As bolsas da LOI são feitas à mão, tal qual uma peça de arte. Em lugar do gesso, o couro. As tintas, em vez de telas, colorem as peças. A equipe do atelier usa cola, martelo e amor para deixar tudo em forma de bolsa. “É como se fosse um origami”. O próximo passo foi fazer um curso de bolsas no SENAI, para aprender a técnica e tornar reais os modelos que já estavam na mente. “Com o tempo fui adequando o design juntamente com a inspiração de artistas consagrados”.

A jovem artista plástica usou todo o seu conhecimento adquirido nas telas para criar a empresa e os modelos de bolsas Bauhaus (inspirada na primeira escola de design do mundo), Malitte (ideia nasceu de uma cadeira surrealista criada pelo artista Roberto Matta), Dot (obras de Yayoi Kusama, artista japonesa aficionada por círculos) e Panton (inspirada nas cadeiras do designer futurista Verner Panton).

Cada uma delas influenciada pela beleza da arte, que pode ser uma forma de o ser humano expressar emoções e a sua personalidade. Orgulho das bolsas brasileiras. As bolsas da LOI são uma inspiração, prova de que no Brasil há também itens de luxo, de qualidade e de bom gosto. “Eu transmito isso na LOI. Esse propósito está reproduzido em cada escultura em forma de bolsa que crio. E as pessoas estão percebendo isso e usando nossas bolsas com orgulho. Por que pagar tão caro por uma bolsa italiana se temos as nossas próprias esculturas, verdadeiros objetos de desejo?”.

LOI Bags – Arte em forma de bolsas
@LOIBags

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