O nível de estresse das pessoas tem aumentado, principalmente após o início da pandemia de Covid-19. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que os casos de ansiedade e depressão aumentaram 25% em 2020. Esses problemas podem gerar também uma compulsão alimentar, caracterizado pelo consumo exagerado de alimentos.
Você já viu o caso de alguém que come em grandes quantidades, de forma muita rápida, mas sem fome? Essa é a forma que um paciente com distúrbio alimentar trata a comida. Mas, o médico especialista em medicina esportiva e emagrecimento, Dr. Walid Nabil Ourabi, da capital paulista, alerta que nem todo episódio compulsivo configura o transtorno.
“Pode acontecer de, em momentos específicos, existirem exageros alimentares de forma descontrolada, mas que por si só não configuram um quadro clínico. Essa diferenciação é importante porque esse sintoma tem critérios de diagnósticos bem estabelecidos”, explica o médico. Por isso, ele listou seis critérios que devem ser levados em consideração, caso aconteçam mais de uma vez por semana em um intervalo de três meses.
Entre os critérios estão: comer mais rápido que o normal, comer até se sentir desconfortavelmente cheio, ganho de peso, ingestão de grandes quantidades de alimentos sem sensação de fome, comer sozinho por vergonha pela quantidade de alimentos que consome e sentir repulsa de si mesmo ou até depressão e culpa após comer.
Os casos de compulsão alimentar costumam estar associados a coisas do passado do paciente, algo que o afetou emocionalmente ou psicologicamente. Muitas vezes é possível diagnosticar essa causar durante uma sessão de terapia ou consulta médica.