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Analice Nicolau
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Como a Evoque está salvando pequenas academias com franquias a partir de R$ 90 mil

Modelo que garante retorno em até 24 meses e já transformou 40 unidades em sucesso mira os milhares de empreendedores que lutam para manter as portas abertas.

Analice Nicolau

26/06/2025 14h00

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Rodrigo Hasi ao lado do sócio, José Ramos. (Divulgação)

Até onde um pequeno negócio consegue resistir quando gigantes do fitness baixam preços, ampliam horários e dominam a vitrine das cidades? No Brasil, a resposta costuma ser cruel, segundo o IBGE, 80 % das micro e pequenas empresas fecham antes de completar um ano, e 60 % sucumbem em menos de cinco. Para mudar esse percurso trágico das academias de bairro, a rede Evoque lançou, em fevereiro, um formato de franquia pensado justamente para quem já tem uma estrutura modesta, mas precisa de fôlego: o chamado retrofit ou “virada de bandeira”. A taxa de adesão é a mais baixa do setor, R$ 90 mil, e o faturamento previsto varia de R$ 100 mil a R$ 200 mil por mês, com retorno entre 18 e 24 meses.

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Rodrigo Hasi, sócio e CEO da Evoque, conta sobre modelo acessível e retorno em até 24 meses para pequenos empreendedores. (Divulgação)

“O mercado de academias no país continua sendo bastante promissor, mas a concorrência é grande. Sem um plano de sobrevivência e até de crescimento, que passa por uma gestão certeira, a falência é eminente”, alerta Rodrigo Hasi, sócio e CEO da Evoque. Ele fala com propriedade, já que antes de erguer uma rede de mais de quarenta unidades e faturar R$ 90 milhões em 2024, Hasi enfrentou a própria falência. A experiência virou combustível para uma nova estratégia. “Como vivenciei uma experiência de falência quando tentei empreender pela primeira vez, procurei desenvolver uma estratégia de negócios pensando em contribuir com pessoas que se encontram em situações parecidas com as que enfrentei. É gratificante proporcionar condições para que um pequeno empreendedor viva do próprio negócio”, confessa.

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Estratégia do retrofit possibilita que pequenas academias sobrevivam à concorrência com apoio de franquias. (Divulgação)

O “retrofit” que resgata academias de bairro
Na prática, o retrofit permite que o dono mantenha o CNPJ e grande parte do equipamento, mas vista a camisa da Evoque, adotando layout, sistema de gestão, marketing centralizado e um cardápio de aulas mais amplo — de artes marciais a bike indoor, passando por dança, funcional e fisioterapia. Para academias já instaladas, o investimento total cai de um teto de R$ 700 mil para algo em torno de R$ 400 mil, porque boa parte da infraestrutura está pronta. O capital de giro recomendado fica em R$ 150 mil, e os royalties são de 8 % sobre o faturamento bruto (mais 2 % de taxa de propaganda).

Foi esse pacote que fisgou o empresário Thalles Gandolfi, dono de uma academia há 15 anos em Mauá (SP) e o primeiro a migrar para o modelo. “Eu precisava ter uma estrutura melhor e aperfeiçoar a gestão e o processo da academia. Escolhi a Evoque por conhecer o potencial da rede, por saber que ela é muito forte na minha região. Fui acolhido por excelentes profissionais que ajudaram na reestruturação que eu precisava”, relata.

O Brasil soma hoje 57 mil academias registradas nos conselhos regionais e federal de educação física (CREF/CONFEF) e deve ver esse número crescer 9% até o fim de 2025. Somadas, as aberturas dos últimos dez anos já representam expansão de 195%. Ainda assim, o Ministério da Saúde estima que 60% da população brasileira é sedentária, ou seja, há mais alunos em potencial do que tapetes prontos para recebê-los. Para Hasi, a equação revela um “oceano azul” para quem acertar na oferta: preço acessível, aulas variadas e experiência de comunidade.

Sobre a Evoque
Fundada em 2018, também em Mauá, a Evoque se posiciona como um híbrido entre as low-cost que conquistaram o país e as academias de bairro tradicionais. Hoje, são mais de 65 mil alunos atendidos por mil colaboradores. A meta para o primeiro ano do novo modelo é chegar a trinta unidades retrofit. Cada uma, nas contas da rede, capaz de girar R$ 150 mil mensais em média e gerar dez a quinze empregos diretos.

Para pequenos empresários cercados por rivais de neon e playlists incessantes, a aposta soa sedutora. Mas, como lembra o próprio Hasi, o plano não dispensa dedicação: gestão afiada, atendimento de proximidade e olho no caixa continuam sendo a tríade que separa quem sobrevive de quem vira estatística.

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