A comodidade de pedir comida pronta e outros produtos a qualquer hora é o que faz 91% dos consumidores considerarem o delivery uma ajuda importante na rotina do dia a dia, segundo a pesquisa. Mas essa relação comercial fica abalada devido ao alto custo. Para 74% dos consumidores, os estabelecimentos cobram mais pelos mesmos produtos nos aplicativos de delivery do que no balcão.

A situação para os comerciantes que usam delivery de comida só melhora em outro ponto da pesquisa, em que 68% dos consumidores afirmaram desconhecer que os restaurantes pagam taxas de 12% a 27% aos aplicativos e que isso é repassado no custo.
Outros resultados relevantes:
● 63% já deixaram de pedir delivery por causa do preço.
● 94% dos consumidores e 81% dos restaurantes acreditam que, sem as taxas dos aplicativos, os restaurantes poderiam oferecer pratos mais baratos no delivery.
● 85% dos restaurantes investiriam o valor economizado em melhorias no estabelecimento e 82% em contratação de funcionários.
● 92% dos consumidores passariam a pedir mais se houvesse um aplicativo sem cobrança de taxas para os restaurantes.
“O delivery se tornou essencial na vida dos brasileiros, mas ainda pode chegar mais longe e a mais pessoas”, afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. “Nossa pesquisa mostra que há demanda por opções mais acessíveis para os consumidores e sustentáveis para os restaurantes. Qualquer modelo capaz de oferecer esse equilíbrio tem potencial para conquistar o público brasileiro e tornar o serviço ainda mais democrático.”
Para Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, os dados confirmam um ponto central: “Menos comissões e mais lucro não beneficiam apenas o dono do negócio — criam melhores condições para o empreendedorismo em São Paulo, com reinvestimento, inovação, geração de empregos e uma economia mais vibrante.”