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Analice Nicolau
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Celso Amorim Alerta: Destruir o Hamas é uma Ilusão

Chefe da Assessoria Especial da Presidência, Celso Amorim, em entrevista exclusiva para o jornalista Kennedy Alencar, do programa É Notícia, da Rede TV, destaca a necessidade de diálogo em meio ao conflito Israel-Hamas

Analice Nicolau

27/10/2023 13h00

O chefe da Assessoria Especial da Presidência, Celso Amorim, fez uma declaração contundente em uma entrevista recente ao programa “É Notícia”, na qual ele descreveu a ideia de destruir completamente o Hamas como uma ilusão. Amorim ressaltou que o termo “limpeza ética” já havia sido usado para descrever os ataques em andamento na região. Segundo ele, os ataques israelenses não estão apenas mirando líderes do Hamas, mas também a população civil, o que levanta preocupações sobre os direitos humanos.

Amorim não está sozinho em suas preocupações. Na quarta-feira anterior, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se pronunciou sobre o conflito no Oriente Médio, chamando-o de “genocídio” e expressando preocupações semelhantes. Ele questionou a eficácia da guerra como meio de alcançar a paz em Israel e destacou a devastação da população civil, incluindo crianças, que não têm culpa no conflito.

Além disso, a situação se complica com cerca de 30 brasileiros ainda retidos na Faixa de Gaza, aguardando resgate. As autoridades enfrentam impasses sobre a abertura da fronteira com o Egito, enquanto Amorim destaca a importância da diplomacia nas negociações. Ele enfatiza que negociar com adversários é fundamental para resolver conflitos complexos, como o atual.

Amorim também abordou a posição do governo brasileiro em relação aos ataques. Ele reconheceu os ataques do Hamas como atos terroristas, mas destacou a necessidade de manter o diálogo. Ele alertou que rotular o Hamas como uma organização terrorista poderia cortar as linhas de comunicação cruciais em um cenário internacional complexo.

Além disso, o ex-ministro alertou para o risco de que o conflito entre o Hamas e Israel possa se expandir e se tornar um problema global. Ele apontou para as tensões em outras partes do mundo, como o conflito entre Rússia e Ucrânia, que poderiam se interligar com o que está acontecendo em Gaza. Amorim destacou a presença de forças militares dos EUA no Mediterrâneo e ações russas na Síria como fatores preocupantes.

Amorim foi enfático em suas preocupações, chegando a comparar a situação atual à Crise dos Mísseis em Cuba de 1962. Ele alertou que estamos vivendo uma situação extremamente perigosa e que é essencial buscar soluções diplomáticas para evitar uma escalada global de conflitos.

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