O mercado de cannabis medicinal está em ascensão no Brasil, com um aumento significativo de 130% no número de pacientes em comparação com o ano anterior. De acordo com o anuário de 2023 da Kaya Mind, cerca de 430 mil pessoas estão se beneficiando de derivados da planta para fins medicinais, o que representa um salto em relação aos 188 mil pacientes ativos registrados anteriormente. Além disso, 219 mil pessoas adquiriram esses produtos com autorização da ANVISA para importação. Para Ana Júlia Kiss, CEO da Humora, startup que combina produtos à base de cannabis e fitoterápicos para o bem-estar, “o mercado tem atraído investimentos substanciais, além das empresas emergentes, trazendo inovação e criando empregos”.

As leis e regulamentações em torno da cannabis medicinal no Brasil são recentes e ainda estão em processo de debate. No entanto, os avanços já estão em curso em vários aspectos. Ana Júlia Kiss aponta três fatores principais para o crescimento do mercado: o surgimento de mais empresas homologando produtos – já são mais de 20 marcas disponíveis em farmácias –, a facilitação e desburocratização da importação mediante prescrição médica, e a inclusão desses medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS).

Esses elementos estão dando visibilidade ao uso da cannabis medicinal e ajudando a desmistificar sua aplicação. “Buscamos trazer de volta a reintrodução dos canabinóides em nossas vidas. Essas substâncias foram questionavelmente proibidas por um longo período, e nosso objetivo é reintegrá-las à sociedade por meio de formulações de alta qualidade, fáceis de usar e verdadeiramente inovadoras. Utilizamos a nanotecnologia de produtos à base de água que são uma grande inovação no mercado”, destaca Ana Júlia.
A Humora tem se empenhado em democratizar os benefícios do CBD, mesmo para pessoas sem quadros clínicos críticos ou crônicos. “Nossos itens foram desenvolvidos para melhorar a qualidade de vida da população, pois são combinados com terapias fitoterápicas complementares. Eles podem ser utilizados para TPM, imunidade, líbido, sono, esgotamento e reparação física, prescritos por profissionais médicos e com autorização para importação pela ANVISA”, reforça a CEO.
Apesar dos desafios que ainda existem, as perspectivas para o futuro do mercado de cannabis medicinal no Brasil são promissoras. O setor já demonstra um potencial significativo de transformação, beneficiando milhares de pessoas com tratamentos médicos eficazes e promovendo o crescimento econômico.